A fé e a vontade de se aventurar em duas rodas reuniram milhares de motociclistas, na manhã de ontem, na 31ª edição da Motorromaria para Canindé. A multidão partiu em comboio da avenida Mister Hull, em Fortaleza, até Canindé, a 120 quilômetros da Capital. Fiéis de São Francisco de todas as regiões do Estado participaram do evento.
O coordenador da romaria, Edson Maia, disse que a motorromaria tem apresentado queda no número de participantes. A crise e o aumento no custo do combustível, para ele, são fatores cruciais para que a ida à Canindé seja adiada por muitos romeiros.Neste ano, ele citou que um dos maiores empecilhos para a realização da romaria, os buracos na estrada para Canindé, só foi resolvido na última semana, quando houve operação tapa-buraco na rodovia.
Ele disse que pelo menos 30% dos motociclistas são novatos. A maioria dos participantes é gente que começou a participar da romaria no início do evento. Um dos veteranos é Edgar Lima, de 36 anos. Ele participa de um grupo de motociclistas, diz que não é religioso, mas se interessou e começou a participar quando a filha tinha dois anos. Hoje, a menina tem 11. “É cansativo, são duas horas e meia, mas vale à pena. A estrada está bem melhor”, afirma.
Durante o trajeto da motorromaria, muitos motociclistas aguardavam para entrar no comboio e seguir viagem. Outros permaneciam às margens da BR-020 para saudar a passagem das motos.
A organização confecciona duas mil camisetas para os participantes. O dinheiro da venda será revertido para a Casa do Idoso e o Hospital São Francisco, em Canindé. A organização destaca que há pelo menos cinco anos não são registrados acidentes graves durante a romaria. (Jéssika Sisnando) .
Fonte: O Povo