segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Leia a COLUNA DO DAVID JÚNIOR




SETEMBRO AMARELO 

“FALAR É A MELHOR SOLUÇÃO” 
 
            O suicídio é considerado um problema de saúde pública, visto que pelos números oficiais, 32 brasileiros morrem por dia por tirarem a própria vida. E o que nos chama mais atenção é que esta causa tem superado os índices de morte por AIDS e câncer.
            “Falar é a melhor solução”, e sobre o suicídio temos fugido do debate, fazendo com que o silêncio seja um dos grandes males que circundam essa problemática, e por isso devemos está em alerta quanto ao assunto, que como iremos ver os dados, precisa ser debatido, discutido e tratado com um grau muito elevado de importância, buscando sempre a prevenção.
            Para a OMS (Organização Mundial de Saúde), 9 em cada 10 casos poderiam ser evitados, caso tivessem tido ajuda e atenção por parte das pessoas que tiveram ou têm contato com outras que estão com ideias suicidas.
            Educação tem sido a primeira palavra colocada em pauta quando o assunto é suicídio. É a partir dela [educação] que podemos deixar de ter medo de falarmos e quebrarmos paradigmas sobre o assunto, tendo como prática o compartilhamento de informações, e quebra de tabus a respeito do tema.
            Segundo informações coletadas no site Setembro Amarelo (http://www.setembroamarelo.org.br/), “a cada 40 segundos uma pessoa se mata no mundo, totalizando quase um milhão de pessoas todos os anos”. A partir desse dado estima-se que “de 10 a 20 milhões de pessoas tentam o suicídio a cada ano”. O que nos faz compreender como um fenômeno alarmante e que precisa ser tratado com cuidado, apesar de suas complexidades.
            Não nos prendamos ao velho e ignorante comentário de que quem tenta o suicídio é “só para chamar a atenção”. Quem tenta suicídio pede socorro, e isso pode está atrelado a algum tipo de transtorno mental, o que também deve ser visto com bons olhos e deve ser encaminhado para profissionais.
            Tenhamos cuidado também com as palavras que dirigimos às pessoas com ideias suicidas, lembre-se que o melhor para mim pode não ser o melhor para você, por isso tenhamos cuidado com “conselhos”, “opiniões” e “achismos” visto que não sabemos que contextos envolvem determinada decisão. Sempre que possível façamos encaminhamentos à profissionais capacitados para lidar com essa demanda.  Antes de tudo saiba que “o suicídio é um gesto de autodestruição, realização do desejo de morrer ou de dar fim à própria vida, é uma escolha ou ação que tem graves implicações sociais”, e por isso deve ser tratado a partir do cuidado, da fala, e da valorização da vida.
David Junior
Psicólogo
Saiba mais sobre o tema em: http://www.setembroamarelo.org.br/