O presidente da Associação dos Construtores da Região Centro-Sul do Ceará, Elenilton Lopes, disse que há uma mobilização nacional, por meio da Federação Nacional das Pequenas Construtoras, contra a decisão do governo federal, por meio do Ministério das Cidades, em realizar cortes no programa.
A faixa 2 prevê financiamento para quem tem renda de até R$ 4 mil e a faixa e de até R$ 9 mil. Na região Centro-sul do Ceará, há atualmente cerca de 30 contratos do programa em andamento, que representam um total financiado em torno de R$ 3 milhões. São 50 pequenas construtoras em atividade, que geram cerca de mil empregos diretos.
De acordo com a Associação dos Construtores da Região Centro-Sul do Ceará, em 2016, somente na cidade de Iguatu, foram movimentados R$ 57 milhões em recursos do programa "Minha Casa, Minha Vida". "Esse total gerou tributos para o município na ordem de R$ 2 milhões somente no ano passado", disse Lopes. "São números representativos e é um setor que movimenta a economia local". Os pequenos construtores estão preocupados. "Se a decisão de suspender os financiamentos for mantida haverá paralisação dos serviços, desemprego e perda de renda para milhares de famílias", frisou Elenilton Lopes. "Estamos aguardando uma decisão do Ministério das Cidades, da Caixa Econômica Federal e já pensamos em promover uma manifestação na cidade, reunindo os construtores e operários".
Segundo a Associação dos Construtores do Centro-Sul do Ceará, as agências da Caixa Econômica Federal vêm atrasando as aprovações dos financiamentos imobiliários do MCMV. "Inicialmente o sistema do banco apresentava mensagem de proposta sem reserva orçamentária e a Caixa chegou a alegar problemas técnicos, mas descobrimos que se trata de falta de verba orçamentária", disse Lopes.
O Ministério das Cidades informou que, por instrução normativa, a Caixa foi orientada a remanejar verbas do programa entre os estados. A norma foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) no último dia 11.
Fonte: Diário do Nordeste