quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

COLUNA DA JACQUELINE - A efemeridade da vida

 A efemeridade da vida


Ontem acordei literalmente afônica, com dores no corpo  e na garganta. 

Uma situação bem incomum na minha rotina. E pensei: Como ? Em plena semana da Jornada pedagógica?
Algumas situações nos remetem a  reflexões . Coisas que sabemos, mas vivemos sem aceita-las.
A primeira delas é que não somos donos do mundo, somos apenas filhos do dono.  E tudo vai acontecer de acordo com os planos de Deus e não os nossos.
Que a vida segue com ou sem a nossa presença.
Que nenhum serviço fica à deriva, sem ter quem o faça. As pessoas são únicas, os serviços, qualquer um pode fazê-lo,  basta disposição e boa vontade.

A segunda delas é que não damos o devido valor as coisas que pensamos  pequenas, e que na verdade são importantes. Por exemplo a voz,  conjunto dos sons produzidos pelas vibrações das pregas vocais sob pressão do ar que percorre a laringe. 

É interessante  como não damos importância a algo que é tão importante na nossa comunicação!  Como gosto muito de falar, passar um dia inteiro se comunicando a partir de gestos e da escrita me perturbou bastante. Fiquei  sem paciência!

Pus-me a imaginar nos nossos  irmãos que por alguma razão não podem usar a voz.  E  louvo e bendigo a Deus pelo este  som que sai por minhas cordas vocais.

A terceira . Deus coloca anjos em nossas vidas!  Quando acordei e senti que não estava bem já passei um recadinho para a equipe . Logo retornaram de volta, pedindo para não se preocupar. Já mandaram remédios , meizinhas (remédios caseiros). E é neste momento que sentimos que não estamos sós.

Começo a relembrar do evangelho de Marcos 1,30). Jesus curando a sogra de Pedro.

Logo que soube, dirigiu-se à cama em que ela estava. Três coisas chamam a atenção. “Ele aproximou-se”. Mais que procurar quem é o próximo, Jesus se torna próximo. “Tomando-a pela mão”, Jesus faz algo fundamental para quem trabalha com pessoas doentes e com quem está na exclusão. Valorizando o toque, o abraço, Jesus valoriza sobremodo as pessoas debilitadas. Jesus “levantou-a”. Enquanto estava deitada, essa mulher não podia ser sujeito com agir próprio. Dependia de outras pessoas. Colocá-la em pé faz dela uma pessoa livre para servir. “E ela se pôs a servi-los”.

Neste momento converso intimamente com Jesus e digo baixinho: Cura-me Senhor, preciso servi-lo no irmão que precisa de mim.
E a vida segue seu curso, na certeza que somos um  em Deus.
Por uma Humanidade melhor!

Ana Jacqueline Braga Mendes