Rumo ao Enem 1 - Aqui eu me divirto, Aprendendo bem
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A ONG Rio de Paz organizou em 15 de Dezembro de 2007 uma manifestação contra a violência na praia de Copacabana, cidade do Rio de Janeiro. A Instalação denominada de Varal das rosas expressa por meios de elementos subjetivos e significados variáveis, a violência urbana. Observemos sua composição. Nela temos dezenas de varais dispostos simetricamente com rosas vermelhas cortadas e penduradas para baixo. As rosas, que são viçosas, estão mortas precocemente (cortadas), pois estão sem água, sob o sol, penduradas para baixo na areia.
Elas indicam algo macabro, antinatural, e denunciam a violência no Rio de Janeiro que ceifou a vida de incontáveis jovens. É um jardim de plantas mortas em oposição a um jardim de rosas vivas, expresso por elementos subjetivos. Temos aí uma ANTÍTESE, figura de linguagem que consiste na aproximação de ideias e palavras que apresentam sentidos contrários.
Agora vamos analisar alguns trechos da música Dois Rios, de Nando Reis.
“O sol é o pé e a mão
O sol é a mãe e o pai
Dissolve a escuridão
…
O sol se põe se vai
E após se pôr
O sol renasce no Japão
…
Que os braços sentem
E os olhos veem
Que os lábios sejam
Dois rios inteiros
Sem direção […]”
(Nando Reis)
https://www.letras.mus.br/skank/71463/
Observe na letra que há várias atribuições ao sol (ele é o pé e a mão, a mãe e o pai – linguagem subjetiva) além do seu simples significado (se pôr e renascer – linguagem objetiva).
http://veredasdalingua.blogspot.com.br/2011/06/denotacao-e-conotacao.html
O humor da tirinha reside na expressão de desaprovação de Helga, esposa de Hagar, no segundo quadrinho por aquilo que poderia der dito. Temos aí uma linguagem objetiva.
Vejamos a definição dos termos referentes ao SENTIDO LITERAL e ao SENTIDO FIGURADO.
DENOTAÇÃO é o elemento estável da significação de uma palavra, elemento não subjetivo (grave-se esta características) e analisável fora do discurso (=contexto), ao passo que a CONOTAÇÃO é constituída pelos elementos subjetivos, que variam segundo o contexto.
GARCIA, Othon M. comunicação em prosa moderna: aprenda a escrever, aprendendo a pensar. 22 ed. Rio de Janeiro. Editora FGV, 2002. P. 178.
Logo, a Instalação de Varal das rosas constitui-se em uma FORMA CONOTATIVA de expressão. Já na música as várias atribuições ao sol (ele é o pé e a mão, a mãe e o pai – linguagem subjetiva) constitui-se uma LINGUAGEM CONOTATIVA e as atribuições simples ao sol (se pôr e renascer – linguagem objetiva) LINGUAGEM DENOTATIVA. E por fim, na tirinha temos uma LINGUAGEM DENOTATIVA
PRATICANDO PARA O ENEM
1- (Fuvest- SP)
I – Uma andorinha só não faz verão
II- Nem tudo que reluz é ouro
III- Quem semeia ventos, colhe tempestades
IV – Quem não tem cão, caça com gato.
As ideias centrais dos provérbios acima são, na ordem:
a)solidariedade – aparência - vingança - dissimulação.
b)cooperação – aparência – punição - adaptação.
c)egoísmo – ambição – vingança - falsificação.
d)cooperação – ambição – consequência - dissimulação
e)solidão – prudência - punição – adaptação.
COMENTÁRIO DO PROFESSOR PIXOTE – Os provérbios são frases curtas de origem popular que resumem um conceito. Eles utilizam uma linguagem figurada na sua formulação, sendo, pois, uma LINGUAGEM CONOTATIVA e que apresentam as devidas referências na letra B.
2) (FMTM)
Endechas à escrava Bárbara
Aquela CATIVA,
que me tem CATIVO
porque nela vivo,
já não quer que viva.
Eu nunca vi rosa
em suaves molhos,
que para meus olhos
fosse mais formosa.
Uma graça viva,
que neles lhe mora,
para ser senhora
de quem é cativa.
Pretos os cabelos,
onde o povo vão
perde opinião
que os louros são belos.
Pretidão de Amor,
tão doce a figura,
que a neve lhe jura
que trocara a cor.
Leda mansidão
que o siso acompanha;
bem parece estranha,
mas bárbara não.
Vocabulário:
Endechas: Versos em redondilha menor (cinco sílabas).
Molhos: feixes.
Leda: risonha.
Vão: fútil.
Observando as palavras em destaque nos dois primeiros versos do poema, é correto afirmar que
a) nos dois casos, as palavras têm o mesmo significado, ou seja, entregar - se à pessoa amada.
b) são palavras de sentido diferente, pois a escrava é cativa do amor, mas o poeta não.
c) para o poeta, cativo é estar apaixonado; para a escrava, cativa é não ter liberdade.
d) em ambos os casos, as palavras indicam que tanto o poeta quanto a escrava não têm liberdade física.
e) o poeta, apaixonado (cativo) pela escrava, comprou-a e tornou-a cativa (sua propriedade).
COMENTÁRIO DO PROFESSOR PIXOTE – Pela leitura do poema pode se observar a diferença de ideias. O poeta expressa-se de forma subjetiva, movido pelo sentimento amoroso utilizando uma linguagem figurada, ou seja, a LINGUAGEM CONOTATIVA. Já escrava é descrita em uma situação cujas atitudes e sentimentos expressam o ideal de liberdade contrário à situação escravista vivida por ela. Temos aí a ideia objetiva típica da LINGUAGEM DENOTATIVA. RESPOSTA letra C
Manoel Mosilânio Malaquias da Cruz (Pixote Cruz)
Historiador (URCA), Pedagogo (URCA), Graduado em Mídias da Educação (MEC) Especialista em Mídias da Educação(UFC), em Educação e Direitos Humanos (UFC); em Análise Transacional (Academia do Futuro) e em Metodologia do ensino Superior (UNICAP). Pesquisador sobre Música Brasileira e Tutor do Projeto Professor Aprendiz da SEDUC- FUNCAP na área de Ciências Humanas. Professor de Graduação e Pós- Graduação da Faculdade FACEN. Professor da Rede Privada e Pública Estadual de Brejo Santo-Ce, e do Curso Sapiento. (Salgueiro – Pe)
Especialista e Consultor Educacionais das Matrizes Curriculares e dos Parâmetros Curriculares Nacionais e da prova do ENEM
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