Sou Fotógrafa, jornalista, sagitariana, mãe de menina e de cachorros, apaixonada pela luz do pôr do sol, música e coisas simples como rede na varanda, café e boa conversa. Para mim é mais que uma honra fazer parte da linha do tempo das pessoas através das imagens que capturo.
Em 2015 ao voltar para Brejo Santo, minha terra natal, depois de mais de 30 anos, assumi meu caso com a fotografia e nos casamos, mas foram anos de flerte até ali. O melhor desse casamento é a empatia que ele me oferece com quem está do outro lado da lente. Isso move minha vida e posso afirmar que me sinto muito grata em vivenciar essas experiências e me emocionar com histórias de pessoas que acabei de conhecer.
Foi no retrato feminino que percebi minha fotografia começando a evoluir e amadurecer. A partir do primeiro ensaio vi que ia ser algo intenso e que dali saíriam muitos outros. Criei a Conexão Feminina em 2017 depois de um inquietante fim de semana pesquisando sobre retratos. Pensei: Quero oferecer e vivenciar algo novo, quero ouvir histórias, extrair emoções e gravar tudo ali na câmera.
Na Conexão Feminina vi um caminho de auto cura para mim também, já que a empatia com essas mulheres me faz olhar no fundo de mim mesma.
O que é a Conexão Feminina?
Costumo dizer que é um momento de entrega da fotografada ao meu olhar. Ao contrário de um book tradicional aonde a produção e poses são protagonistas, na Conexão eu tento transformar a captação dessas imagens em uma experiência e não somente num produto para vender fotos.
Conversamos muito e com isso vamos tentando acessar emoções que podem ou não ser capturadas com a câmera. Não existe essa coisa engessada das poses de book inspirado na fotografia de moda. Nada contra, pois também faço books, mas nesse projeto eu proponho outro método. Quero captar expressões mais verdadeiras. Acontece sim uma direção para ajudar a compôr a foto, mas é algo mais orgânico, algo mais confortável para quem está sendo fotografada.
Para mim toda mulher tem seu lado de extrema beleza e meu desafio é chegar até ali, sempre num caminho aonde a produção e a locação não ocupam os papéis mais importantes.
A cada ensaio descubro que quanto maior essa conexão entre a mulher e a fotógrafa, mais chances de as fotos ficarem boas, porque o elo e a entrega são os combustíveis de beleza dessas imagens.
Tenho presenciado mulheres com problemas de auto estima se fortalecerem após uma sessão fotográfica. Por isso acredito piamente no poder da fotografia como instrumento empoderador para mulher.
*Da redação do Blog do Farias Júnior*