quinta-feira, 8 de março de 2018

COLUNA DA JACQUELINE - Poetizando a MULHER

Poetizando a MULHER

    Clarice  Lispector  em um dos seus escritos  diz: E como nasci? Por um quase.  Podia ser outra. Podia ser um homem. Felizmente nasci mulher. E vaidosa... Tenho várias caras. Uma é quase bonita, outra é quase feia. Sou um o quê? Um quase tudo.
Toquinho relembra as palavras do poeta Vinicius de Moraes sobre a mulher:  é o ser com que melhor se entendeu, que mais lhe deu, que mais o ensinou em toda vida, desde menino.
Drummond poetisa a mulher:  Para amar uma mulher, mais que entendê-la, mais que conhecê-la, mais que possuí-la, é preciso honrar a obra de Deus.
Pixinguinha cantou a mulher de uma maneira infinitamente bela: Tu és a forma ideal,
estátua magistral. Oh, alma perenal. Do meu primeiro amor, sublime amor.
Tu és de Deus a soberana flor. Tu és de Deus a criação. Que em todo coração sepultas um amor.
O riso, a fé, a dor em sândalos  olentes cheios de sabor. Em vozes tão dolentes como um sonho em flor. És láctea estrela. És mãe da realeza. És tudo enfim que tem de belo. Em todo resplendor da santa natureza.
Luís Fernando Veríssimo, sobre a origem feminina, faz um questionamento:  Uma mulher? Como se faz uma mulher?
E fico  a refletir  a resposta desta pergunta. A resposta não, as inúmeras respostas.
Eu particularmente fico a imaginar a criação da mulher. Como Deus foi cuidadoso e generoso  ao nos criar. Ele criou algo além da beleza feita exclusivamente para amar. Como mensurar o sentimento que toma conta do coração de uma mulher? Um ser que extravasa emoção. Que  tem o dom divino de gerar outro ser, tanto biologicamente, como no coração.
Certa vez conversando com Padre Leo, ele me disse algo que nunca esqueci: Jack  o homem ama com a cabeça  e a mulher com o coração. Por isso o amor da mulher é imensurável. É certamente uma obra divina.
No dia de hoje, não poderia perder a oportunidade de poetizar a mais sublime de todas as criaturas.
Parafraseando Eduardo Galeano: Os cientistas dizem que somo s feitos de átomos, mas um passarinho me contou que as mulheres são feitas de sonhos.
Por uma humanidade melhor!


Ana Jacqueline Braga Mendes