O DEVIR
“(...)Nada do que foi será de novo
Do jeito que já foi um dia(...)”
Lulu Santos – COMO UMA ONDA
É o que também nos diria o filósofo pré-socrático Heráclito de Éfeso, conhecido como filósofo do movimento, da mudança, do tornar-se, da transformação, afirmando que a realidade era o devir – a mutação, a metamorfose.
É o sentimento íntimo, que habita em nós, o de saber que somos seres para evoluir, e que precisamos descobrir onde estão nossos motivos para o recuo e para o avanço, reconhecer nossos limites, perceber as possibilidades.
A vida, portanto, não é feita de receitas prontas. Ela se vai nos caminhos da existência, nos permitindo a descoberta de nós mesmos, do que há de vir a ser.
É preciso a aceitação de quem somos para avaliar quem fomos e quem poderemos ser, na construção de um novo mundo do “eu”, que se faz e se refaz, na busca de encontrar-se, para ser o que somos e tornar-nos o que somos capazes de ser.
Carl Rogers nos diria que “não podemos mudar, não nos podemos afastar do que somos enquanto não aceitarmos profundamente o que somos”, eis portanto um dos caminhos para transformação, para vir a ser, para ser – a aceitação. Carl Jung concluiria nossa temática de hoje: “o que negas te subordina. O que aceitas, te transforma.”
Uma ótima semana. Até a próxima.
David Junior – Psicólogo