O poder do amor
Hoje não acordei bem! Dores no corpo, nauseada e já previ : a tal da virose me pegou.
O corpo pedia cama, mas alma inquieta como a minha não consegue ficar deitada por muito tempo. Travei uma luta entre o corpo e a alma. Entre a razão e a emoção.
A razão me pedia para ficar quieta, repousar e me hidratar como orientam os médicos.
Consegui obedecer até aproximadamente 10 h.
O Espirito ganhou do corpo. Levantei, tomei um bom banho e resolvi fazer o que mais gosto: trabalhar.
O trabalho nos possibilita sentir que estamos vivos e sendo úteis.
Ainda meio indisposta e com um pouco de dor de cabeça cheguei a secretaria, e como sempre já vou me animando com cada encontro, cada abraço.
Começo minha rotina. Abro a agenda e vejo as prioridades do dia. A secretaria está mais viva do que nunca. Há formação de professores da Educação Infantil. Uma agitação contagiante de professores estudando e interagindo com o processo educacional.
Neste momento recebo uma visita muito especial. Meu amigo e professor Osmar. Sempre que chega a secretaria tem o dom de alegrar a todos.
Osmar é uma pessoa abençoada. Muito espirituoso e espiritualista. Herdou dos seus antepassados o dom de rezar nas pessoas e pelas pessoas. Um intercessor nato.
Aproveito a ocasião e peço para que Osmar faça uma oração. Ele gentilmente pega uns ramos de folhas bem verdes e começa o ritual de amor.
Entrego-me aquele rito que me aproxima mais de Deus. Lembro-me de minha mãe, que rezava nos filhos, netos e pessoas queridas. Cada palavra e cada sentir das folhas é como se a alma fosse literalmente lavada. E isso durou uns 20 minutos. Concluímos com um Pai Nosso e uma Ave Maria. E por incrível que pareça a cabeça e o coração ficaram mais leves.
Agradeci com um forte abraço aquele amigo querido que demonstrava claramente uma preocupação em relação ao meu bem estar.
A lição que tirei de tudo isso. O poder da oração das nossas vidas. O poder do amor de Deus através de gestos e palavras das pessoas que nos são preciosas.
Lembrei-me de uma oração Celta:
“Que a estrada se abra à sua frente,
Que o vento sopre levemente às suas costas,
Que o sol brilhe morno e suave em sua face,
Que a chuva caia de mansinho em seus campos.
E , até que nos encontremos novamente,
Que DEUS lhe guarde na palma de suas mãos.”
Por uma humanidade melhor!
Ana Jacqueline Braga Mendes