sábado, 22 de setembro de 2018

COLUNA DO MARCOS GOMES - À sua Alteza, Pedro Bandeira

À sua Alteza, Pedro Bandeira

 


Dos terreiros das casas sertanejas
Ao teatro mais chique da cidade
Há registros e marcas das pelejas
Que enfrentou sem perder a humildade
Um sucesso pautado na verdade
Uma história de vida que transcende
És coluna de verso que não pende
Do repente tu és a estrutura
Defensor incansável da cultura
E um acervo poético que se estende
 
Natural do sertão Paraibano
São José de Piranhas, o torrão
Que foi berço de um vate soberano
Cantador mais querido do povão
Os seus livros e glosas já estão
Na memória do povo sertanejo
Sei que ouvir os seus versos é desejo
Para pobre, pra rico e pra letrado
Seu trabalho perfeito declamado
Fico alegre e contente quando vejo
 
És em Letras professor licenciado
Bacharel em direito e teologia
Mas em verso você foi diplomado
Pelo povo que ama a poesia
Mesmo povo que faz apologia
A cada marca da sua trajetória
Sua arte faz parte da história
Dos encantos do nosso cariri
Nos orgulha saber que foi aqui
Que você alcançou a sua glória
 
Juazeiro abraçou-o como filho
Padre Cícero te fez abençoado
Mãe Das Dores uma luz para teu brilho 
Jesus Cristo o teu mestre iluminado
Teu sucesso estupendo está marcado
Da antiga para nova geração
Teu repente, teu verso e a canção
Tem tocado no centro da cidade
Mas tua voz estremece de verdade
Nos casebres mais simples do sertão  
 
Sendo eu um plebeu da poesia
Ouso aqui escrever para sua Alteza
Entre os súditos da nossa cantoria
Que não tem sua mesma realeza
Nas estrofes que faço tem pureza
E cada rima ofertada é verdadeira
Essa minha homenagem é a primeira
Dentre outras que ainda vou fazer
E cada uma eu pretendo escrever   
Dedicada a você, Pedro Bandeira