sexta-feira, 5 de outubro de 2018

COLUNA DA HISTORIADORA FÁTIMA ALVES - As Guerreiras das Ruas, da vida e da nossa história

As Guerreiras das Ruas, da vida e da nossa história


A história cotidiana não é um acaso, ela é real, pautada de pessoas acima de tudo humanas. Como diz a canção “pessoas que vem e que vai”. Hoje, tenho a honra de falar destas mulheres que compõe o cenário da nossa história. São profissionais dignas de nosso respeito e gratidão por que no dia a dia se dedicam a limpeza urbana da nossa cidade. São mulheres, esposas e mães. 

Sempre que chego a Secretaria de Educação vejo o grupo de mulheres ao se dirigir as ruas para cumprir suas tarefas. Ficava curiosa em ver tanta animação e alegria do grupo. Semana passada ao vê-las comecei a conversar e aos poucos cada uma foi dizendo o que fazia. Elas servem-se da Secretaria de Educação para usar o banheiro e muitas vezes tomar um cafezinho. 

Quanta disponibilidade em servir uma população! Assim cada uma foi dizendo seu nome e sua idade. Pessoas que não por falta de oportunidades em estudar, mas pelas circunstâncias da vida que muitas vezes “as obriga” trabalhar desde cedo, e deixa os estudos em segundo plano. É um grupo de mulheres de idades variadas, mas que possuem a mesma garra e determinação.

Assim elas vão compondo nossa história, em meio aos sorrisos elas vão se revelando: Maria de Lurdes Braz, 39 anos, mora no Morro Dourado; Edna Mota de Melo, 29 anos; Cícera Adriana de Sousa Santos, 29 anos, mora no Emboque; Maria de Fátima Rodrigues Pereira 39 anos, mora na Vila São Sebastião; Cícera Cristina Miranda Lopes,36 anos mora no Emboque; Jacinta Simplício da Silva, 56 anos alto da bela vista; Maria Luzineide da Silva Santana, 29 anos, mora no Morro Dourado, Welinadja Nunes Bezerra, mora no Morro Dourado, 27 anos; Eneide Mota de Melo 28 anos; Maria Lucicleide da Silva Santana, mora no Morro Dourado, 34 anos.

“Elas estão preocupadas com a limpeza das vias públicas. Elas são as responsáveis por varrer diariamente ruas, praças, parques, dentre outros locais públicos. Elas trabalham para que a cidade esteja diariamente limpa e em boas condições de habitação. Isso faz com que este profissional seja essencial no ambiente urbano”.

“Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nós, brasileiros, produzimos aproximadamente 230 mil toneladas de lixo por dia. Com esse número alarmante é possível entender que precisamos muito do trabalho dos Garis. Mesmo contando com as coletas de lixo, uma parcela do que é produzido acaba indo para as vias públicas e o Gari tem o importante papel de deixar tudo organizado. A limpeza diária diminui, também, os riscos de bueiros entupidos ocasionando enchentes”.

Sem estas profissionais viveríamos em uma cidade suja e descuidada. São profissionais com grande força de vontade para trabalhar em prol do bem da sociedade, melhorando o seu crescimento e é claro, a sua higienização. Tais características também são de grande diferencial para esse profissional: disposição física e mental, pró-atividade, positividade em servir o público, flexibilidade, agilidade, responsabilidade e trabalho em equipe.

Por trás destas histórias existe uma história de vida, cada uma com suas particularidades, seus sacrifícios, suas famílias e sua luta em sobreviver frente as adversidades da vida. Gratidão é a palavra correta, as essa guerreiras das ruas que nos oferece uma cidade limpa. Parabéns a todas!