quarta-feira, 10 de outubro de 2018

COLUNA DO PROFESSOR PIXOTE - Brasil Império no Enem

Brasil Império no Enem

Hoje teremos mais uma MEGA REVISÃO. O assunto é: Brasil Império. Observe o resumo que eu preparei para você. Leia-o e depois resolva as questões abaixo, Em seguida, confira o gabarito.  Um grande abraço. 

LEMBRANDO: FALTAM 24 DIAS PARA O ENEM.
 































QUESTÕES INÉDITAS  SOBRE  O IMPÉRIO BRASILEIROQuestão 01.  (CARLOS CHAGAS -BA)-ADAPATADA ) Em 2014 fez 204 anos que o Tratado de Aliança, Amizade, Comércio e Navegação foi firmado entre a Inglaterra (lorde Strangford) e Portugal (príncipe dom João). Embora o documento referisse que ―o Tratado se funda sobre as bases de reciprocidade e mútua conveniência‖, o tratado de 1810 costuma ser visto com restrições, entre outros motivos, porque
(A) ficou estabelecido que os comerciantes lusos pagariam 15% de direitos sobre as mercadorias inglesas que importassem por sua conta.
(B) admitia a criação de tarifas alfandegárias preferenciais para os produtos ingleses, inferiores às pagas por produtos portugueses.
(C) autorizava a continuação do trabalho escravo, ao mesmo tempo em que ampliava o tráfico nas colônias portuguesas na África.
(D) apoiava a política de expansão imperialista que o príncipe regente dom João realizava no Prata.
(E) permitia que a Inglaterra estabelecesse postos livres em Recife, Salvador e Rio de Janeiro.

PARA RESPONDER AS QUETÕES 02 e 03- Observe as quadrinhas populares cantadas nas ruas do Rio de Janeiro em 1840.
Canção 1 -Suba ao trono o jovem Pedro Exulte toda a Nação; Os heróis, os pais da Pátria Aprovaram com união.
Canção 2 - Por subir Pedrinho ao trono, Não fique o povo contente; Não pode ser coisa boa Servindo com a mesma gente.                                                                 (Versos anônimos. In Lilia Moritz Schwarcz, "As barbas do imperador")
QUESTÃO 02. Essas quadrinhas se refere a um período da História imperial brasileira conhecido como
(A) Primeiro Reinado
(B) Revolução Praieira  
(C) Golpe da Maioridade
(D) Confederação do Equador  
(E) Sucessão do Trono Português

QUESTÃO 03. Em relação as quadrinhas pode-se concluir que
(A)apresentam posições semelhantes quanto ao poder a Coroação de D. Pedro II.
(B) o segundo texto defende a coroação D. Pedro II, o primeiro é contrário.
(C)os textos tem em comum o fato de serem de origem popular contrários à coroação de D. Pedro II.
(D) o primeiro apresenta D. Pedro II como unificador do pais, o segundo denuncia o arranjo político do ato.
(E)os textos apresentam a Coroação de D. Pedro II como um ato de glorificação e redenção do povo brasileiro.

“À vista da representação escrita que me foi entregue hoje, às 3 horas da tarde, resolvo, cedendo ao império das circunstâncias, partir, com toda a minha família, para a Europa, deixando esta pátria, de nós tão estremecida, à qual me esforcei por dar constantes testemunhos de entranhado amor e dedicação durante quase meio século em que desempenhei o cargo de chefe de Estado. Ausentando-me, pois, com todas as pessoas de minha família, conservarei do Brasil a mais saudosa lembrança, fazendo os mais ardentes votos por sua grandeza e prosperidade.” Rio de Janeiro, 16 de novembro de 1889.BONAVIDES, Paulo; VIEIRA, R. A. Amaral. Textos políticos da História do Brasil (Independência – Império – I). Fortaleza: Imprensa Universidade Federal do Ceará, s.d. p. 809.

QUESTÃO 04.O trecho da carta aberta emitida ao povo brasileiro, acima destacado, refere-se a um importante episódio da história nacional . O personagem e o fato em destaque é
(A) Getúlio Vargas-  carta renúncia encerrando o Estado Novo e devolvendo o país à democracia.
(B)D. Pedro I -  carta de abdicação ao trono em favor de seu filho, dando início ao período Regencial.
(C) D. João VI ¬- a carta de despedida ao retornar para a Europa, pressionado pela Revolução Liberal do Porto.
(D) D. Pedro II-  carta de despedida de após o golpe de estado que o destituiu do poder, proclamando a República.
(E) João Goulart -carta que denuncia o seu afastamento à presidência marcada pela pressão dos militares que o pressionaram.

http://avozregional.com.br/2017/05/16/joao-francisco-neto-a-abolicao-incompleta/QUESTÃO 05. Observe a charge: Essa charge critica a Lei Áurea porque a sua assinatura
(A) acabou por discutir o lugar do ex- escravo na sociedade brasileira como mão de obra livre
(B) pouco alterou a difícil situação dos negros que acabaram entregues à própria sorte.
(C) conseguiu tornar o Brasil uma nação mais justa e próspera para todos os cidadãos.
(D) consegui melhorar, drasticamente, a situação econômica e social dos ex-escravos.
(E)permitiu a integração dos negros a sociedade brasileira de forma positiva.

Leia, a seguir um trecho selecionado do livro O Povo Brasileiro de Darcy Ribeiro:
“ Essa ordem repressiva foi rompida no curso de (...) movimentos insurrecionais que, no século XIX, convulsionaram toda a Amazônia, dando lugar, como não podia deixar de ser, porque contestavam a própria unidade nacional, à mais cruel e sanguinária das conflagrações que registraa história brasileira, com um número superior a 100 mil mortos. O primeiro foi a Cabanagem,do Pará e do Amazonas (1834-40), que sublevou às populações rurais e urbanas. Primeiro,como um movimento anticolonialista e, depois, como uma revolução republicana e separatista.A Cabanagem punha em causa uma forma alternativa de estruturação do povo brasileiro gestada entre os índios destribalizados da Amazônia. Foi a única luta que disputou, sem saber, a própria etnia nacional, propondo fazer-se uma outra nação, a dos cabanos, que já não eram índios, nem eram negros, nem lusitanos e tampouco se identificavam como brasileiros.”(RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro: evolução e sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 321)
 QUESTÃO 06. O trecho selecionado apresenta a Cabanagem como
(A) um conflito de identidades no interior da Selva Amazônica, para ilustrar uma parte da História daquela região.
(B)   um movimento que possibilitou  a transferência para o governo central de todo o sistema judicial e policial do Império.
(C)  uma revolta  que teve início em meio aos conflitos políticos entre liberais e conservadores, foi, antes de tudo, uma revolta social.
(D)   uma revolução que defendia à adoção de tarifas protecionistas, que garantiam  a concorrência platina, nos mercados brasileiros.
(E)  o período da Regência Trina Permanente foi marcado pela hostilidade entre três grupos políticos: Moderados, Exaltados e Restauradores.

   
“A 3 de maio de 1823, reuniu-se a Assembleia Constituinte, formada por deputados eleitos em 14 províncias. Os deputados, em sua maioria padres, magistrados, militares, grandes senhores agrários e funcionários públicos, não possuíam experiência legislativa. Muitos deputados eram nativistas, posição que incomodava o Imperador. Vários acontecimentos tiveram  lugar, acentuando o conflito entre as posições nativistas da Assembleia e as posições do Imperador, culminada com a dissolução daquela Assembleia por  D. Pedro.”

QUESTÃO 07.As razões apontadas pelo texto sobre a causa do fechamento da Assembleia Constituinte pelo Imperador do Brasil, D. Pedro I, foram
(A) pouca representatividade popular no parlamento brasileiro que impedia o monarca de construir uma pátria justa.
(B) a existência de um grande número de funcionários públicos  que  forçava o estado a estabelecer concurso publico.
(C) as divergências entre a assembleia, defensora da autonomia provincial e o imperador, favorável ao centralismo político.
(D) a forte presença de clérigos e militares na Assembleia que defendiam o catolicismo e o militarismo como  projeto de país
(E) inexperiência legislativa por parte dos parlamentares eleitos, o que impedia os avanços sociais e econômicos vitais para a nação.

QUESTÃO 08.   Observe a quadra abaixo, cantarolada durante a permanência da Família Real no  Brasil ( 1808-1821)
Quem furta pouco é ladrão      Quem furta muito é barão           Quem mais furta e esconde              Passa de barão a visconde.
 Essa quadra de protesto cantada pelo povo brasileiro às véspera da Revolução Pernambucana de  1817, evidencia
(A) a existência de cidadania plena, ameaçada pela corrupção existente nas instituições brasileiras.
(B) o anseio da população em adquirir títulos nobiliárquicos da corte que garantia a impunidade em nossos pais.
(C) o caráter ético e moral dos brasileiros contrários a existência de corrupção em nosso país principalmente da nobreza.
(D) a contradição entre a corte, sustentada pela criação de novos impostos e a população, que vivia em condições precárias.
(E) o bom desempenho da economia brasileira gerando riqueza para a nobreza e incentivando práticas ilícitas pelos populares.

ESCRAVOS IMPORTADOS PELO BRASIL  NO PERÍODO DE 1842-1852
Ano    Escravos         Ano    Escravos                Ano    Escravos               Ano    Escravos 
842    17435           1845    18453                  1848    60000                   1851    3387
 1843    19095          1846      50324                  1849    54000                  1852    700
1844    22849          1847      56172                  1850    23000               
 
QUESTÃO 09.   Com base no quadro acima podemos inferir que a escravidão no Brasil no período citado, destaca a redução da importação de
escravidão resultante da elaboração de uma lei e de seus propósitos identificados em
(A) lei Eusébio Aurea  ( 1888 ) -  abolia a escravidão no país.
(B) lei das Terras (1850 ) -  aquisição de propriedade por meio da compra.
(C) lei Eusébio de Queiros (1850) - proibição do tráfico negreiro para o país.
(D) lei dos Sexagenários (1881) - emancipava os escravos maiores de  60 anos.
(E) lei do ventre Livre (1850) - considerava livres todos os filhos de escravos nascidos a partir daquela data

A escravatura, que realmente tantos males acarreta para a civilização e para a moral, criou no espírito dos brasileiros este caráter de independência e soberania, que o observador descobre no homem livre, seja qual for o seu estado, profissão ou fortuna. Quando ele percebe desprezo, ou ultraje da parte de um rico ou poderoso, desenvolve- se imediatamente o sentimento de igualdade; e se ele não profere, concebe ao menos, no momento, este grande argumento: não sou escravo. Eis aqui no nosso modo de pensar, a primeira causa da tranquilidade de que goza o Brasil: o sentimento de igualdade profundamente arraigado no coração dos brasileiros.  (Padre Diogo Antônio Feijó apud Miriam Dolhnikoff. O pacto imperial, 2005.)

QUESTÃO 10.   De acordo com o texto do Padre Diogo Antônio Feijó, publicado em 1834, podemos inferir que o mesmo
(A) argumenta sobre o perigo da abolição da escravidão para a cultura nacional
(B) defende o fim da escravidão pois  a considera um entrave para a economia brasileira.
(C) revela as contradições que a escravidão provocava na economia e na cultura religiosa nacional.
(D) identifica que a defesa escravidão era um modo de pensar, um sentimento nacional expresso por todos os brasileiros.
(E) apresenta um panorama de como a anulação  da escravidão era uma ideia de muitos brasileiros, apesar de parecer rejeitá-la.
Imagem disponível em: http://www.humorbabaca.com/upload/cartoons/cartoons_589_FIm%20da%20Escravidao.jpg 

QUESTÃO 11.   A charge acima ironiza a assinatura, pela princesa Isabel, da abolição  da escravatura no Brasil em 13 de  maio 1888, pois a mesma
(A) era objeto de concórdia na sociedade, dai a irritação dos escravos na charge.
(B) se relaciona a propaganda politica da princesa Isabel em torno da escravidão.
(C) implicou em amplos direitos sociais e no fim da descriminação racial no Brasil.
(D) faltou discutir o papel social dos libertos em nosso país após a assinatura da lei.
(E) não foi considerada pelos libertos como um ato humanitário e de bondade da princesa regente.

"... Nasci e me criei no tempo da regência e nesse tempo o Brasil vivia, por assim dizer, muito mais na praça pública do que mesmo no lar doméstico."             (Justiniano José da Rocha)
QUESTÃO 12.   O comentário acima, faz referência
(A) a crise política evidenciada durante a regência entre escravos e a elite brasileira.
(B) ao aumento da população livre que acirrou as disputas por trabalho nas lavouras.
(C) as constantes revoltas e manifestações populares que assolavam as ruas da Capital do Brasil.
(D) a renúncia inesperada do Imperador D. Pedro I que gerou estabilidade econômica e social no país.
(E) a antecipação da maioridade de D. Pedro II que foi fundamental para a consolidação da democracia no Brasil.

...valorizava-se novamente o município, que fora esquecido e manietado durante quase dois séculos. Resultava a nova lei na entrega aos senhores rurais de um poderoso instrumento de impunidade criminal, a cuja sombra renascem os bandos armados restaurando o caudilhismo territorial (...). O conhecimento de todos os crimes, mesmo os de responsabilidade (...), pertencia à exclusiva competência do Juiz de Paz. Este saía da eleição popular, competindo-lhe ainda todas as funções policiais e judiciárias: expedições de mandatos de busca e sequestro, concessão de fianças, prisão de pessoas,."

QUESTÃO 13.  O texto faz referência ao Código de Processo Criminal, elaborado durante o período regencial brasileiro  que, entre outras razões
(A) permitiu o controle do Estado Imperial com punições severas dos crimes praticados durante o período.
(B) delegou a elite local formas de controle social bem como estabeleceu práticas de mandonismo.
(C) instituiu o juiz de Paz como forma de acabar os conflitos entre escravos e senhores.
(D) estabeleceu regras jurídicas para todos os grupos sociais existentes no país.
(E) eliminou a ideia da impunidade tão marcante em nossa sociedade.

O *Motim da Carne sem Osso* ocorreu em Salvador, em 1858, durante o chamado Segundo Reinado. Dentre os motivos, estavam os abusos praticados no comércio da farinha de mandioca, fundamental à alimentação da maior parte da população daqueles tempos naquela região. A frase que deu nome ao movimento foi: “Queremos carne sem osso e farinha sem caroço!”. <http://www.historiadigital.org/category/historia-do-brasil/brasil-imperio/segundo-reinado/>.

 QUESTÃO 14.   O movimento acima citado evidencia
(A) que o direito de manifestação era uma prática respeitada pelas autoridades locais.
(B) uma das formas de resistência contra o regime escravista província da Bahia.
(C) que a farinha constituía na única base alimentar da população brasileira.
(D) a extrema violência da população baiense sobre as questões cotidianas.
(E) seu caráter popular e a questão social em torno do movimento.

 Legenda da ilustração:El Rey, nosso senhor e amo, dorme o sonno da...indifferença. Os jornaes, que diariamente trazem os desmandos desta  situação, parecem produzir em S.M. o efeito de um  narcotico.Bem aventurado senhor! Para vós o reino do céo e para  o nosso povo...o do inferno!

QUESTÃO 15. A caricatura de Angelo Agostini (1833-1910), referente a D. Pedro II publicada na Revista Ilustrada, em 1887 expressa a crítica
(A) ao cansaço provocado pelas dificuldades geradas pelo enfrentamento da situação social e econômica do país.
(B) a nítida despreocupação do imperador devido à promissora situação e fortalecimento das instituições monárquicas
(C) as constantes alterações ocorridas no império brasileiro que sempre eram acompanhadas pela atuação do imperador.
(D) ao desinteresse, a inação, o imobilismo do imperador alheio  e em descompasso com as transformações  geradas no Brasil.
(E) ao fortalecimento do poder do monarca através do poder moderador e da subordinação do parlamento brasileiro ao centralismo  vigente.

Como esquecer que a República, logo após a abolição, cassou ao ex-escravo seu direito de votar, inscrevendo na Constituição que só aos alfabetizados se concedia a prerrogativa desse direito cívico? Como esquecer que, após nosso banimento do trabalho livre e assalariado, o código penal de 1890 veio definir o delito de vadiagem para aqueles que não tinham trabalho, como mais uma forma de manter o negro à mercê do arbítrio e da violência policiais? Ainda mais, definiram como crime a capoeira, a própria expressão cultural africana. Reprimiram com toda a violência do estado policial as religiões afro-brasileiras, cujos terreiros se viram duramente invadidos, os fiéis e os sacerdotes presos, pelo crime de praticar sua fé religiosa. Temos vivido num estado de terror: desde 1890, o negro vem sendo o preso político mais ignorado desse País.
Abdias do Nascimento www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X2008000300017:


QUESTÃO 16. De acordo com o texto, podemos inferir que para o autor
(A) as religiões afro-brasileiras tiveram reconhecimento social e histórico ao longo da nossa história
(B) o advento do trabalho livre e assalariado constitui uma dádiva para o negro em nosso país.
(C) há necessidade de ainda mais reconhecer as tradições e costumes dos afrodescendentes.
(D) a proclamação da república foi acompanhada de melhorias para os ex escravos.
(E) a situação do negro no Brasil pouco alterou, mesmo com o fim da escravatura.

"Dessa forma, o latifúndio cafeeiro foi-se organizando em bases capitalistas e, por isso, fortalecendo-se dentro da estrutura econômica do país, pois viu a influência política deste latifundiário aumentar. Era, então, necessário ampliar essas bases, o que, muitas vezes, não ocorria conscientemente. Portanto, a ampliação dessas bases contribuiu mais adiante para a tentativa de superação de uma estrutura socioeconômica que tinha seus dias contados. O desejo dos cafeicultores em aumentar seus lucros levou-os a encontrar alternativas que superaram as que o modo de produção escravista brasileiro poderia fornecer, contudo, sem condições ainda de substituí-lo." (Aquino, Vieira, Agostino e Roedel. Sociedade brasileira: uma história através dos movimentos sociais. Rio de Janeiro: Record, 1999. p. 552.)


QUESTÃO 17.  O objetivo principal da Lei das terras de 1850 reside no fato de
(A) distribuir terras aos escravos libertos, ampliando suas bases socioeconômicas.
(B) promover um amplo acesso à terra no Brasil com uma reforma agrária  justa e paritária.
(C) possibilitar a difusão dos minifúndios para superar a influência política dos cafeicultores.
(D) superar as desigualdades existentes nas bases capitalistas da atividade agrícola brasileira.
(E) reforçar a concentração de terras em nosso país, determinando a aquisição destas por meio da compra.
  

Abaixo, temos dois documentos históricos que retratam, em épocas diferentes, Abolição da Escravatura no Brasil, 1888
 Treze de maio traição/ liberdade sem asas Treze de maio - já dia 14/ o Y da encruzilhada: seguir, banzar, voltar? o que temos nós lutamos/ para sobreviver/ e também somos esta pátria em nós ela está plantada/nela crispamos raízes/ de enxerto mas sentimos e mutuamente arraigamos/ quem sabe só com isto: que ela é nossa também, sem favor/ e sem pedir respiramos seu ar tapamos-destapamos horizontes. e então vamos rasgar a máscara do treze/  para arrancar a dívida real com nossas próprias mãos. OLIVEIRA SILVEIRA, 1987.


www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X2008000300017: 
Antonio Luiz Ferreira. Missa campal celebrada em ação de graças pela Abolição da Escravatura no Brasil, 1888. São Cristóvão, Rio de Janeiro.
http://www.laparola.com.br/acervo-de-fotos-historicas-do-brasil-disponivel-no-portal-brasiliana-fotografica
 

QUESTÃO 18. Observando o poema e a fotografia, podemos concluir que eles
(A) representam uma visão simplista e romântica da abolição associada à dádiva divina.
(B) se integram pois exprimem a ideia positiva em relação ao fim da escravidão em nosso país.
(C) reverenciam o mesmo acontecimento, apesar de sua produção ter sido em épocas distintas uma da outra.
(D) diferenciam enquanto tipo de documento histórico, mas compartilham os benefícios gerados pela abolição.
(E) se opõem, visto que o poema apresenta uma posição crítica à abolição enquanto a fotografia indica festividade

Guerra dos Farrapos, ou Revolução Farroupilha (1835-1845), foi o maior dos conflitos internos enfrentados pelo governo imperial. Durante dez anos, uma parcela da elite pecuarista rio-grandense, motivada por fatores políticos e econômicos, sustentou uma revolta contra o poder imperial, chegando a proclamar a República Rio-Grandense em 1836. Para arregimentar soldados, os farroupilhas incorporaram escravos às suas fileiras, prometendo em troca a liberdade após o fim do conflito. De olho na alforria, alguns negros fugiram das propriedades onde eram mantidos escravos para aderir à luta. Outros foram cedidos por senhores de terra que apoiavam a revolução.  [...]Somente nos últimos anos a importância e a dimensão da participação negra neste conflito têm recebido maior atenção. Hoje é possível afirmar com segurança que negros, índios e mestiços desempenharam papel fundamental na Guerra dos Farrapos não somente como soldados, mas também trabalhando em diversos outros setores importantes da economia de guerra, como nas estâncias de gado, na fabricação de pólvora e nas plantações de fumo e erva-mate cultivadas pelos rebeldes. OLIVEIRA, Vinicius Pereira de ;;SALAINI Cristian Jobi. Escravos farrapos.  Revista da História. www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos/escravos-farrapos


QUESTÃO 19      A participação dos  escravos negros na Revolução  Farroupilha
(A) estabelece sua igualdade na defesa da nação.
(B) está associada aos ideais nacionais de liberdade.
(C) pode ser considerada uma forma de resistência negra.
(D) representa o seu reconhecimento enquanto cidadão.
(E) representa a valorização dos mesmos enquanto sujeitos.

 QUESTÃO 20. A imagem acima que destaca cafeicultores do Vale do Paraíba e setores urbanos apresenta aspectos de um período de transição da história do Brasil, caracterizado por
(A) um interesse mútuo entre a elite cafeeira e os republicanos pela abolição da escravidão
(B) um reconhecimento tanto dos cafeicultores quanto dos republicanos em favor da cultura negra
(C) uma postura antiabolicionista por parte dos republicanos que não aceitavam o fim da escravidão
(D) uma posição dos cafeicultores em apoiar a abolição com objetivo de atender seus próprios interesses
(E) diferentes interesses entre a oligarquia rural cafeeira e setores urbanos em relação à abolição da escravidão

Os Malês encontram-se na Bahia de 1835 um campo fértil onde semear a rebeldia escrava e tentar mudar a sociedade em favor dos africanos. Fundada na desigualdade etnorracial e social, a Bahia vivia nesse período uma crise econômica e política. As revoltas das classes livres pobres e dos dissidentes liberais de um lado e, de outro, as dos escravos africanos, ameaçavam a hegemonia política dos grandes senhores da Bahia e a própria ordem escravocrata. REIS, João José. Rebelião escrava no Brasil: a história do levante dos malês em 1835. São Paulo: Companhiadas letras, 2003. P. 545.
QUESTÃO 21.   Sobre a revolta dos Malês de 1835, destacado no texto, depreende-se que
(A) trata-se de uma manifestação de escravos defensores dos princípios cristãos associados à religiosidade africana.
(B) foi um movimento contra a crise econômica e política que assolava a Bahia, mas sem o caráter abolicionista.
(C) representa uma rebelião de caráter essencialmente cultural e religioso em defesa da cultura africana.
(D) constitui-se um movimento contra a ordem escravista e o modelo da sociedade brasileira colonial.
(E) se refere a escravos defensores do liberalismo político e econômico e das raízes africanas na Bahia.
QUESTÃO 22.   Observe o Hino da Independência do Brasil
 Já podeis da Pátria Filhos / Ver contente a Mãe gentil / Já raiou a Liberdade/ No horizonte do Brasil./Brava gente brasileira/ Longe vá temor servil /Ou ficar a Pátria livre /Ou morrer pelo Brasil. /Os grilhões que nos forjava/ Da perfídia astuto ardil/Houve mão mais poderosa/Zombou deles o Brasil. / O Real Herdeiro Augusto/Conhecendo o engano vil/ Em despeito dos Tiranos/Quis ficar no seu Brasil
Ele foi composto fluminense Evaristo Ferreira da Veiga e Barros (1799-1837), que era livreiro, jornalista, político e poeta, e musicado pelo  príncipe D. Pedro I. Ao homenagear nossa separação de Portugal, infere-se que o hino
(A) aponta as diretrizes para a abolição da escravatura em nosso país através dos versos, já raiou a liberdade no Horizonte do Brasil.
(B) reforça a identidade brasileira como marca da liberdade nacional e a condena a dominação colonial pela metrópole portuguesa.
(C) contribui para a manutenção da ordem econômica, baseada na agro exportação monocultura, e  da ordem social, marcada  pela escravidão.
(D) reflete o ideal iluminista ao homenagear a Mãe gentil portuguesa que gerou a Pátria Filhos Brasil, cuja referencia foi sempre o seu tratamento materno.
 (E) exalta a figura de D. Pedro I, pelo fato de sua descendência portuguesa ser uma graça Divina para comandar a jovem nação e os brasileiros com igualdade.

GABARITO
1.    B
2.    C
3.    D
4.    D
5.    B
6.    A
7.    C
8.    D
9.    C
10.    E
11.    D
12.    C
13.    B
14.    E
15.    D
16.    E
17.    E
18.    E
19.    E
20.    E
21.    D
22.    B