quarta-feira, 23 de outubro de 2019

COLUNA DO PROFESSOR PIXOTE - Novas questões sobre Segundo Reinado no Brasil - Eu tô ENEM aí

Novas questões sobre Segundo Reinado no Brasil - Eu tô ENEM aí


BOM DIA.
COMO PROCEDER:
Procure responder as questões,
Posteriormente, confira o gabarito, no final da folha.
LEMBRETES-
1.AS QUESTÕES SÃO INÉDITAS E FORAM ELABORADAS POR MIM.
2.

Quantos dias faltam para o Enem 2019? 11 dias
RELEMBRANDO: DATAS DO ENEM 2019
PRIMEIRA PROVA: 03 DE NOVEMBRO
Caderno de Linguagens e Suas Tecnologias
Caderno de Ciências Humanas e Suas Tecnologias
Redação
SEGUNDA PROVA: 10 DE NOVEMBRO
Caderno de Matemática e Suas Tecnologias
Caderno de Ciências da Natureza e Suas Tecnologias






Fui ver pretos na cidade –
Que quisessem trabalhar.
 Falei com esta humildade: -
Negros, querem trabalhar?
 Olharam-me de soslaio,  
 E um deles, feio, cambaio,
Respondeu-me arfando o peito:
- Negro, não há mais não.
 Nós tudo hoje é cidadão.
 O branco que vá pro eito."
(O Monitor Campista, 28/03/1888).
QUESTÃO 32. (C1H1) O poema acima:
(A) revelava ironicamente a situação dos negros após o dia 13 de maio.
(B) denunciava a existência da escravidão no Brasil, mesmo depois da Lei áurea.
(C)  criticava o aspecto de discriminação dos negros para com os brancos, no Brasil, após a lei abolicionista.
(D) censurava os direitos sociais e as conquistas dos ex escravos no final do Império, obtido com a Lei áurea.
(E)  rejeitava a ideia da abolição da escravatura, demonstrando a problemática gerada para economia brasileira com o ato.



“A Monarquia:   Não é por falar mal... mas com franqueza... eu esperava outra coisa.
A República:        Eu também”  
 A revista Fon Fon, de 15/11/1913, apresenta charge que coloca no mesmo plano duas mulheres conversando que emblematizam a Monarquia e a República, respectivamente. A primeira, facilmente identificada pelo uso da coroa, é uma mulher em idade avançada, corcunda e decadente que conversa com a outra, a República, exponibilizada através de uma jovem, esguia, que porta um chapéu. Soma-se à roupa da mulher jovem um laço posicionado na altura dos joelhos, envolvendo as pernas. Este detalhe é capaz de gerar estranhamento ao leitor da charge, uma vez que os movimentos amplos estariam comprometidos. À narrativa da charge soma-se a gestualidade das personagens, uma vez que a mulher que representa a Monarquia tem os antebraços e as mãos em posição de questionamento, enquanto que a República tem o pescoço levemente curvado, numa posição de assentimento. Ao fundo do cenário apresentado está o losango que remete à bandeira nacional e o nome da revista Fon Fon – onomatopeia de buzina que, ao alto da cena apresentada, está “despertando a atenção” do leitor. http://www.reitoria.uri.br/~vivencias/Numero_010/artigos/artigos_vivencias_10/l7.htm
 
QUESTÃO 33.       A charge e o texto apontam
(A) que as dificuldades se agravaram e conflitos se intensificaram na transição política brasileira.
(B) que a Monarquia se curvou diante da força da republica representada por uma jovem mulher.
(C) para as limitações existentes, de ordem política e social, na passagem da monarquia imperial para a república.
(D) as mudanças observadas na transição de um regime para o outro mostrando a melhorias com o advento da república.
(E) para as disputas ideológicas entre os monarquistas afastados do poder e os republicanos que acenderam ao cargo maior da nação.
Alguns autores calculam que pelo menos meio milhão de nordestinos sucumbiram às epidemias, ao impaludismo, à tuberculose ou ao beribéri (...) sem nenhuma reserva de vitaminas, os camponeses das terras secas realizavam a longa viagem para a selva úmida. (...) Iam amontoados nos porões dos barcos, em tais condições que muitos sucumbiam antes de chegar. (...) Em 1878, dos oitocentos mil habitantes do Ceará, 120 mil marchavam (...), porém menos da metade pôde chegar; os restantes foram caindo, abatidos pela fome ou pela doença (...). 
GALEANO, Eduardo. Veias abertas da América Latina.    6a. ed., Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979, p. 100.
 
QUESTÃO 34. O texto descreve a migração nordestina para a região da Amazônia no final do século XIX, motivada pela
(A) proliferação da cultura da soja.
(B) criação da Zona Franca de Manaus.
(C) atividade de exploração da borracha.
(D) intenso desenvolvimento da mineração.
(E) do desenvolvimento das fazendas de gado.
"Dessa forma, o latifúndio cafeeiro foi-se organizando em bases capitalistas e, por isso, fortalecendo-se dentro da estrutura econômica do país, pois viu a influência política deste latifundiário aumentar. Era, então, necessário ampliar essas bases, o que, muitas vezes, não ocorria conscientemente. Portanto, a ampliação dessas bases contribuiu mais adiante para a tentativa de superação de uma estrutura socioeconômica que tinha seus dias contados. O desejo dos cafeicultores em aumentar seus lucros levou-os a encontrar alternativas que superaram as que o modo de produção escravista brasileiro poderia fornecer, contudo, sem condições ainda de substituí-lo." (Aquino, Vieira, Agostino e Roedel. Sociedade brasileira: uma história através dos movimentos sociais. Rio de Janeiro: Record, 1999. p. 552.)
 
QUESTÃO 35.  O objetivo principal da Lei das terras de 1850 reside no fato de
(A) distribuir terras aos escravos libertos, ampliando suas bases socioeconômicas.
(B) promover um amplo acesso à terra no Brasil com uma reforma agrária  justa e paritária.
(C) possibilitar a difusão dos minifúndios para superar a influência política dos cafeicultores.
(D) superar as desigualdades existentes nas bases capitalistas da atividade agrícola brasileira.
(E) reforçar a concentração de terras em nosso país, determinando a aquisição destas por meio da compra.
 
QUESTÃO 36.     A pintura acima, denominada A Pátria, de autoria do Pedro Bruno em que apresenta crianças e mulheres em diferentes fases da vida, confeccionando uma bandeira adotada pela República Federativa do Brasil, em novembro de 1899, sugere que
(A) o nacionalismo, tão esquecido no período monárquico deveria servir de instrumento para unificar o país na construção de uma nova ordem social.
(B) as transformações que viriam, advindas do surgimento da República, seriam capitaneadas, de forma tranquila e com muita paciência, pelos seus agentes.
(C) a nova fase do Brasil ocorreria como um processo lento e contínuo que envolve a ação de diferentes sujeitos históricos, em tempo e no espaço diferenciados.
(D) o centralismo, tão vigente durante o período imperial, seria substituído por uma ampla participação popular que atendesse os interesses de diferentes gerações.
 (E) haveria uma intensa atuação de diversos setores sociais bem como de diversas gerações para que ocorresse a derrubada da monarquia e o advento da república.

QUESTÃO 37. A Charge satiriza a relação entre o Papa Pio IX e o Imperador D. Pedro II nas diferenças
(A) entre a Carta de 1824 que dava a D. Pedro II o direito de vetar as ordens e determinações do papa e a bula papal contrária a presença dos maçons na Igreja.
(B)culturais devido o fato de D. Pedro II, por ser descendente europeu rejeitava toda e qualquer influência eurocêntrica no Brasil e valorizava a culinária nacional.
(C)políticas entre a Igreja Católica que queria a subordinação do Imperador aos assuntos religioso e D. Pedro II que rejeitava essa ideia.
(D)religiosas visto que D. Pedro II por ser judeu, priorizava essa religião no Brasil, fato este que desagradava o catolicismo romano.
(E) gastronômicas entre a comida brasileira, a feijoada e o macarrão italiano, típico da autoridade religiosa.

ESCRAVOS IMPORTADOS PELO BRASIL NO PERÍODO DE 1842-1852
Ano    Escravos    Ano     Escravos    Ano            Escravos               Ano    Escravos  
1842    17435          1845    18453          1848    60000                   1851    3387
1843    19095          1846     50324         1849    54000                  1852    700
1844    22849         1847     56172          1850    23000                
 
QUESTÃO 38. (C3H11H13)   Com base no quadro acima podemos inferir que a escravidão no Brasil no período citado, destaca a redução da importação de escravidão resultante da elaboração de uma lei e de seus propósitos identificados em
(A) lei Eusébio Aurea (1888) - abolia a escravidão no país.
(B) lei das Terras (1850) - aquisição de propriedade por meio da compra.
(C) lei Eusébio de Queiros (1850) - proibição do tráfico negreiro para o país.
(D) lei dos Sexagenários (1881) - emancipava os escravos maiores de 60 anos.
(E) lei do ventre Livre (1850) - considerava livres todos os filhos de escravos nascidos a partir daquela data

QUESTÃO 39. A charge acima apresenta D. Pedro II e o Papa Pio IX e se relaciona com a questão religiosa que foi
 (A)o direito do Imperador de nomear bispos católicos fato este que contraria os interesses do papado.
(B)a aproximação de D. Pedro II com os grupos evangélicos brasileiros o que desagradou a autoridade católica romana.
(C)a negação do Padroado e do Beneplácito, artigos constitucionais que garantiam a subordinação do Estado à Igreja Católica.
(D) a subordinação do imperador as normas do catolicismo e sua desobediência aos artigos constitucionais presente na Carta de 1824.
(E)o estremecimento entre os membros da Igreja católica e o Imperador que rejeitou a Bula papal que determinava a expulsão dos maçons dos quadros da Igreja.

QUESTÃO 40. Observando a charge, vemos o o “remendo” que o Conselho de Estado e o Gabinete de Ministros fez à Constituição de 1824 por meio do Decreto Nº 5.993 de 17 de setembro de 1875. Esse decreto associa-se
(A)ao Padroado
(B) à questão militar.
(C) à questão religiosa
(D)ao Poder Moderador
(E)ao processo abolicionista





Solano López, o presidente do Paraguai, em charge de Ângelo Agostini. A legenda da época diz: “O Nero do Século XIX – Projeto de Monumento que os paraguaios reconhecidos pretendem erigir a Francisco Solano López” – 12/06/1869
https://moaciralencarjunior.wordpress.com/2012/06/24/democracia-made-in-paraguay-por-moacir-pereira-alencar-junior/
 
QUESTÃO 41. De acordo com a charge é possível afirmar que a revista procurou
(A)criticar o governo brasileiro sobre o massacre na Guerra do Paraguai.
(B)legitimar a visão oficial de que a guerra era uma cruzada civilizatória.
(C)enaltecer o exército brasileiro e criticar a falsa democracia do Paraguai.
(D)combater a visão oficial sobre as consequências de uma derrota brasileira.
(E)glorificar o militarismo e o poderio do Paraguai sobre a liderança do governante.

QUESTÃO 42. Na charge acima, publicado no Jornal El Centinela durante a Guerra do Paraguai retrata, da direita para esquerda, O Marechal do exército brasileiro, Polídoro, D. Pedro II e Visconde de Tamadaré, como macaco. Da leitura da imagem depreende a ideia de:
(A)animosidade, fazendo referência ao poder bélico do Brasil.
(B)racismo, referência ao grande número de negros nas tropas brasileiras.
(C)irracionalidade, devido a política imperialista brasileira na região platina.
(D)animalidade, pelo fato da Guerra do Paraguai ser usada como propaganda política.
(E)associativismo financeiro, que o Imperador iria beneficiar os militares brasileiros.

QUESTÃO 43. Comparando as charges das questões anteriores, podemos inferir que
(A)a guerra era ridicularizada pelos órgãos de imprensa de ambos países.
(B)os dois lados procuravam apresentar uma visão real sobre o oponente.
(C)havia uma guerra de imagens entre as duas nações além da luta armada.
(D)a imprensa cumpria o seu papel de neutralidade e isenção face ao conflito.
(E)ambos periódicos cultuavam o papel civilizatório da guerra para a humanidade. 
 
Caricatura de Dom Pedro II como Papai Noel do Ministério de 1885. Charge da Revista Ilustradahttps://www.reddit.com/r/brasil/comments/a8xgle/caricatura_de_dom_pedro_ii_como_papai_noel_do/
 
QUESTÃO 44. A caricatura faz ilustra
(A)a corrupção generalizada ocorrida durante o Segundo Reinado.
(B)a troca de favores que evidenciava o Parlamentarismo brasileiro.
(C)a benevolência do Imperador diante das populações mais carentes.
(D)o espirito público do monarca, distribuindo cargos público com o povo.
(E)o uso da máquina pública para garantir aprovação do Congresso Nacional.


Patriotismo do senhor de escravos. Semana Ilustrada, 11 de novembro de 1866.
QUESTÃO 45. A charge aponta para o seguinte conflito
(A) Revolução Praieira
(B) Guerra do Paraguai.
(C) Guerra da Cisplatina.
(D) Guerra dos Farrapos.
(E) Confederação do Equador.



QUESTÃO 46. A tela acima tem grandes peoporções  , cujas dimensões (são de 8,2 metros de largura por 4,2 metros de altura. ) Ela  foi encomendada em 1868 por Afonso Celso de Assis Figueiredo, Ministro da Marinha e retrata um confronto naval que aconteceu na Guerra do Paraguai entre a esquadra brasileira e a paraguaia em um trecho do Rio Prata.
O objetivo do autor foi
(A)denunciar as atrocidades do conflito.
(B)descredibilizar as forças do país opositor.
(C)amenizar os horrorres  da guerra e suas principais vítimas.
(D)reforçar a identidade nacional e  glorificar o Império brasileiro.
(E) demonstrar o interesse governamental brasileiro  para a paz na região
 
QUESTÃO 47. A cena da batalha do Riachuelo  ocorrida durante A Guerra do Paraguai ( 1864-1870 )é representada :
(A) de forma heróica, dramática e grandiosa.
(B) com ufanismo, liberarismo e anarquismo.
(C) de maneira realista, cientificista e positivista,
(D) simplista, descaracterizando a importância do evento.
(E) como uma tragédia visando sensiblizar a opinião publica brasiliera
“Que coisa entendeis por uma nação, Senhor Ministro?
 É a massa dos infelizes?
 Plantamos e ceifamos o trigo, mas nunca provamos pão branco.
Cultivamos a videira, mas não bebemos o vinho.
Criamos animais, mas não comemos a carne.
Apesar disso, vós nos aconselhais a não abandonarmos a nossa pátria?
Mas é uma pátria a terra em que não se consegue viver do próprio trabalho?”
(resposta de um italiano a um Ministro de Estado de seu país, a propósito das razões que estavam ditando a emigração em massa)
https://www.superprof.com.br/blog/influencia-italiana-br/
 
QUESTÃO 48. De acordo com a fonte documental  ela nos permite identificar de uma das razões fundamentais da emigração italiana para o Brasdil foram
(A) as belezas naturais do país.
(B) a grande oferta de trabalho.
(C) a abundãncia de terras agrícolas
(D) as péssimas condições de sobrevivência
(E) os benefós sociais favorecidos pelo governo brasileiro



Rugendas. J. M. colheitas de café. Litografia 24,7 cm X 31 cm. In Viagem pitoresca através do Brasil. (1835)
 
QUESTÃO 49. Podemos concluir que a expansão da cafeicultura esteve associado a
(A) alteração da ordem social e ambientalismo.
(B) defesa do patrimônio natural e sustentabilidade.
(C) simbologia nacionalista e expansão territorial sustentável.
(D) destruição dos recursos naturais e concentração de renda.
(E) harmonização das classes sociais e preservação do meio ambiente.
 
QUESTÃO 50. Leia os trechos daletra da canção de Gilberto Gil, A mão da Limpeza
A Mão da Limpeza -  Gilberto Gil
O branco inventou que o negro quando não suja na entrada
Vai sujar na saída, ê imagina só
Vai sujar na saída, ê imagina só
Que mentira danada, ê na verdade a mão escrava
Passava a vida limpando o que o branco sujava, ê imagina só [ ...]
Mesmo depois de abolida a escravidão
Negra é a mão de quem faz a limpeza
Lavando a roupa encardida, esfregando o chão
Negra é a mão É a mão da pureza [ ...]nEta branco sujão
https://www.vagalume.com.br/gilberto-gil/a-mao-da-limpeza.html
 
QUESTÃO 50. O objetivo do compositor foi
(A) demonstrar a inexistência de formas de racismo em nosso país.
(B) desvalorizar a cultura afro-brasileira e estabelecer a discriminação racial.
(C) promover uma reflexão sobre o preconceito que os afrodescendentes sofrem.
(D) reforçar o discurso da democracia racial brasileira presente até os dias atuais.
(E) valorizar a Lei Áurea que criou mecanismo de inserção dos negros à sociedade.
Se no Mercosul eles são sócios, nos gramados a briga é boa. Mas de onde vem a rivalidade entre o Brasil e a Argentina? Responder a essa pergunta nos leva 500 anos atrás – a rixa é anterior, até, à existência dos dois países como nações independentes. A peleja nada mais é que a continuação da antiga disputa de territórios e prestígio por parte das respectivas metrópoles, Portugal e Espanha[ ...]
O último momento de confronto diplomático foi centrado na questão da usina hidrelétrica de Itaipu, na década de 1970. Construída em parceria com o Paraguai, era chamada de “bomba d’água” pela imprensa de Buenos Aires. Dizia-se que, se suas comportas fossem abertas, a capital argentina ficaria submersa. Depois de um acordo diplomático, a Argentina construiria, também no rio Paraguai, a usina de Corpus.
Aos poucos, Brasil e Argentina começariam a perceber que suas economias se complementavam – e não concorriam em praticamente nenhum setor. Com a criação do Mercosul, em 1991, a rivalidade ficou definitivamente atenuada. Restou, então, o esporte como palco de confronto.
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/acervo/rivalidade-argentina-tem-500-anos-435110.phtml
 
QUESTÃO 51. O texto aponta as origens das rivalidades históricas entre  Brasil e Argentina tanto no período colonial como no pós- independência que podem ser indicadas nos seguintes elementos no
(A) potencialidade da metrópole – influência cultural.
(B) limites territoriais – afirmação da soberania na região.
(C)disputa por mão de obra africana – hegemonia esportiva.
(D) conflitos econômicos regionais – superioridade militar e bélica.
(E) controle da navegação marítima platina- rivalidades por terras agrícolas
AGOSTINI, Angelo. "A lei Saraiva & Cotagipe e o trem abolicionista". Revista Illustrada, Rio de Janeiro, n. 462, p. 04-05, 13 de agosto de 1887. 
 
LEGENDA: "Cada dia o trem do progresso vai tomando passageiros. De muitas localidades, e incluído da província de S. Paulo, os próprios lavradores não hesitam em embarcar. A iniciativa particular, vencendo sempre a oficial! Que figura ridícula fazem, hoje, estes dois estadistas, com a sua famosa lei de 28 de setembro de 1885, que prolonga prazo da escravidão até o fim desde século, quando em menos de três anos ela ficara sendo extinta!".
 
QUESTÃO 52. De acordo com a charge e a legenda é possível apontar que a crítica do autor faz ao contraste existente entre
(A) autonomia política – difusão do republicanismo.
(B) crescimento do abolicionismo – decadência do escravismo.
(C) queda da mão de obra de imigrantes europeus- surto industrial
(D) fortalecimento da monarquia – ampliação do sistema de transporte
(E) modernização do setor agrícola – fim da dependência econômica brasileira.
 














FONTE: SILVA, Sérgio. Expansão cafeeira e origem da indústria do Brasil. São Paulo. Alfa- ômega.1976, Pág. 42; In . Ribeiro , Vanise Maria. Piatã. História 8 ano. Curitiba. Positivo. 2015

QUESTÃO 53. Analisando as duas tabelas é possível concluir que
(A)o crescimento da exportação do café favoreceu a melhoria da balança comercial brasileira.
(B) não houve aumento do preço e nem da produção do café, fato este que deixou a economia do país estável.
(C) o aumento da receita da exportação de café contribuiu para a diminuição da entrada de libras esterlinas no Brasil.
(D) à medida que há crescimento da balança comercial de um país, a tendência é ocorrer aumento da base econômica. No caso brasileiro essa base era o café.
(E) a diminuição da mão de obra africana e o aumento da entrada de escravos são os fatores responsáveis pelas mudanças positivas na produção e exportação do café. 



Bazar eleitoral”, charge de Ângelo Agostini, publicada em “O Cabrião”, 1867.
https://ensinarhistoriajoelza.com.br/caricaturas-do-segundo-reinado-critica-com-humor-e-ironia/ - Blog: Ensinar História - Joelza Ester Domingues

QUESTÃO 54. De acordo com a charge sobre o período imperial, é possível afirmar que ela critica
(A) a disputa democrática pelos votos.
(B) a fraude e a violência nas eleições.
(C) o caráter plural do sistema brasileiro.
(D) a ação pedagógica da Justiça brasileira,
(E) a grande participação popular no pleito eleitoral

QUESTÃO 55. A charge acima faz referência a questão
(A) cultural- discordância entre a elite brasileira, partidária do liberalismo e D. Pedro II, defensor das medidas sugeridas por Maquiavel.
(B) religiosa - não aceitação da Igreja Católica às interferências do imperador, em seus assuntos, fato que não agradava os religiosos
(C) abolicionista – os fazendeiros, ficaram insatisfeitos e passaram a fazer oposição ao regime monárquico devido a abolição da escravidão.
(D)econômica- o país durante o Segundo Reinado estava endividado externamente e cobrava impostos da população, contando com a arbitrariedade do Exército.
(E) militar –o Exército brasileiro, que lutam nas guerras platinas com países republicanos, ambicionava cada vez mais, maior participação nas decisões políticas.







“Manipanso imperial”, charge de Faria publicada no jornal “O Mequetrefe”, 10/1/1878. Manipanso é uma palavra de origem quicongo para designar um ídolo africano que representa o ancestral de um clã. É usada também para chamar um indivíduo muito gordo. Nesta charge, d. Pedro II foi representado como um manipanso, sentado sobre uma almofada em um tablado alto sendo adorado por políticos como uma divindade exótica com vários braços e tendo, no pescoço, crânios como colar. Seu semblante transmite serenidade e imparcialidade que contrasta com os braços musculosos.  fonte: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/caricaturas-do-segundo-reinado-critica-com-humor-e-ironia/ - Blog: Ensinar História - Joelza Ester Domingues

QUESTÃO 56.A charge apresenta duas ideias expressas pelo artista. Uma é a crítica e a outra e a defesa de um ideal. Elas estão respectivamente indicadas em
(A) liberalismo – socialismo.
(B) feudalismo –anarquismo.
(C) escravismo – populismo
(D) absolutismo–republicanismo.
(E) autoritarismo – abolicionismo.

Pobre país! A corrupção alimenta a vaidade, para dar vida ao patriotismo!” – é a legenda da charge de Ângelo Agostini, publicada em “O Cabrião”, 1867.
fonte: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/caricaturas-do-segundo-reinado-critica-com-humor-e-ironia/ - Blog: Ensinar História - Joelza Ester Domingues

QUESTÃO 57. A charge pode ser relacionada com
(A)o Parlamentarismo brasileiro marcado pela troca de favores entre os políticos brasileiros e o Imperador.
(B)a aquisição da mão de obra escrava no Brasil cuja prática era tutelada pelo governo imperial brasileiro.  
(C)a venda de títulos da dívida pública brasileira pelo governo em troca de cargos públicos na esfera administrativa.
(D)a Lei das Terras de 1850, instrumento pelo qual garantia a posse da terra de proprietários produtores de café em áreas indígenas.
(E)o comércio de comendas, feita sob anuência do imperador, era uma forma de aumentar as receitas e de manipulação política do governo no segundo reinado. 
QUESTÃO 58. a charge é perfeitamente associada
(A) à Guerra Do Paraguai.
(B)ao Gole Da Maioridade.
(C) à abolição da escravatura.
(D)ao surto industrial brasileiro.
(E)ao processo de aquisição de terras.

Coroação de D. Pedro II (Manuel de Araújo Porto-Alegre)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Coroa%C3%A7%C3%A3o_de_D._Pedro_II_(Manuel_de_Ara%C3%BAjo_Porto-Alegre)
 
QUESTÃO 59. As duas pinturas apresentam pontos em comum
(A) serenidade dos participantes e legitimação do poder político.
(B) pomposidade da cerimônia e aliança entre o Estado e a Igreja.
(C) elegância dos convidados e demonstração militar do governante.
(D) oficialização do ato político e ampla autoridade religiosa no poder político.
(E) simplicidade do evento e ampla participação popular na cerimônia política
 
QUESTÃO 60. O motivo pelo qual as autoridades brasileiras a tentarem reproduzir na coroação de D. Pedro II as mesmas características da coroação de Napoleão I, Imperador da França pode ser considerado pela
(A) reafirmação da autoridade do imperador perante o povo brasileiro.
(B) demonstração de participação popular nas decisões governamentais.
(C) determinação da autoridade política de fazer o Brasil uma grande nação.
(D) caracterização do nacionalismo brasileiro seguindo a tendência francesa.
(E) afirmação do imperialismo brasileiro na região platina nos moldes europeus.
Pedro Américo- Libertação dos Escravos,1889.
QUESTÃO 61. Analisando todos os elementos da imagem acima, podemos conclui que
(A) a postura passiva dos negros sugere que a abolição foi pacífica.
(B) a abolição garantiu a condição econômica e social dos negros libertos.
(C) A serenidade dos participantes confirma a legitimação do poder político.
(D) a alegoria confirma a ideia da abolição como ação dos afrodescendentes.
(E) a causa política da abolição sobrepôs a questão econômica da cafeicultura.

Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta? Não; fusca, mulatinha escura, de cabelos ruços e olhos assustados. Nascera na senzala, de mãe escrava, e seus primeiros anos vivera-os pelos cantos escuros da cozinha, sobre velha esteira e trapos imundos. Sempre escondida, que a patroa não gostava de crianças. Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, amimada dos padres, com lugar certo na igreja e camarote de luxo reservado no céu. Entaladas as banhas no trono (uma cadeira de balanço na sala de jantar), ali bordava, recebia as amigas e o vigário, { ...} LOBATO, Monteiro. Negrinha (1920).  In: REBELLO, Marques. Antologia escolar brasileira. Rio de Janeiro: Departamento Nacional de Educação/MEC, 1967, p. 70-4.
QUESTÃO 62.  O nome da personagem sugere
(A) afetividade.
(B) infantilidade.
(C) proximidade.
(D) inferioridade.
(E) prosperidade.

Congresso internacional, caricatura de angelim Agostini, publicada na Revista Ilustrada, em 1886.
 LEGENDA – Queira perdoar, mas... com aquele negrinho não pode entrar.
- Mas é que não posso separar-me dele: é quem me veste, quem me dá de comer, quem ... me serve em tudo, afinal!
- É que... enfim, em atenção às ilustres qualidades pessoais de tão sábio soberano, creio que as nações civilizadas não duvidarão em admiti-lo.

QUESTÃO 63. A caricatura acima critica
(A) a rigidez do evento.
(B) a burocracia institucional.
(C) a indelicadeza do europeu.
(D) o desprestígio de D. Pedro II.
(E) a manutenção da escravidão.  

 
QUESTÃO 64. A obra, coroação e sacramento de D. Pedro II acima procura passar a ideia de que
(A) o ato político representado visava reforçar o ideal nacionalista e promover a difusão da democracia brasileira. 
(B) a presença de diversos grupos na coroação de D.  Pedro II reforça a ideia de desejo da população brasileira pelo fim da regência.
(C) havia uma unidade nacional que estabelecia a proeminência do setor econômico agrícola escravista sobre os demais setores produtivos.
(D) a coroação de D. Pedro II demonstrava a força política do Brasil frente as nações europeias e legitimava o poder do imperador no âmbito nacional.
(E) ocorreu uma aliança político-religioso-social entre o Estado brasileiro a Igreja católica e a sociedade em geral visando o bem comum e o progresso do país.
 


QUESTÃO 65. A charge acima, ironiza um acontecimento político brasileiro. Podemos associar a charge de Ângelo Agostini com a
(A) lei Eusébio Áurea que aboliu a escravidão no país.
(B) lei Eusébio de Queiros que proibiu o tráfico negreiro para o país.
(C) lei dos Sexagenários que emancipava os escravos maiores de 60 anos.
(D) lei do ventre Livre todos os filhos de escravos nascidos a partir daquela data
(E) lei das Terras a qual a aquisição de propriedade se dava por meio da compra.

QUESTÃO 66. A charge associada a legenda remete a ideia defendida pelo autor
(A) populismo.
(B) liberalismo.
(C) anarquismo.
(D) abolicionismo.
(E) republicanismo.


Lá estava a tabuleta, por sinal que coberta com um pedaço de chita; [ ....]. Levantada a cortina, Custódio leu: "Confeitaria do Império".  [ ....]
O senhor vai despintar tudo isto, disse ele.
[ ....] E por que pintou, depois de tão graves acontecimentos?
[ ....] Custódio quis repudiar a obra, mas o pintor ameaçou de pôr o número da
confeitaria e o nome do dono na tabuleta, e expô-la assim, para que os revolucionários lhe fossem quebrar as vidraças do Catete. Não teve remédio senão
capitular. [ ....] Que nome lhe poria agora? Nisso lembrou-lhe o vizinho Aires e correu a ouvi-lo.
[ ....] Mas o que é que há? perguntou Aires.
— A república está proclamada.
— Já há governo?
[ ....] Penso que já; [....]  Ajude-me a sair deste embaraço. A tabuleta está pronta, o nome todo pintado. — "Confeitaria do Império", a tinta é viva e bonita.
- Mas pode pôr "Confeitaria da República"...
[ ....] — Lembrou-me isso, em caminho, mas também me lembrou que, se daqui a um
ou dois meses, houver nova reviravolta, fico no ponto em que estou hoje, e perco
outra vez o dinheiro.
Aires propôs-lhe um meio-termo, um título que iria com ambas as hipóteses, — "Confeitaria do Governo".
— Tanto serve para um regime como para outro.
 
ASSIS, Machado de. Esaú e Jacó. São Paulo, àtica p.113-5
QUESTÃO 67. Na obra de Machado de Assis, Custódio apresenta dúvidas quanto a mudança do nome do seu estabelecimento devido
(A) a instabilidade política do país.
(B) o temor de rebeliões escravocratas.
(C) a falta de um profissional qualificado.
(D) o clima de festividade pelo advento da República.
(E) a falta de um termo para a mudança econômica do Brasil
 
"Contrato de parceria celebrado entre Vergueiro & Cia. e os abaixo assignados, por intermédio do Snr. Dr. F. Schmidt, em Hamburgo, em nome da referida sociedade,,.
ART. 1.0 O colono . . . sua mulher . . .  e .... • •• filhos, de . .. e . .. assumem, por sua livre e espontânea vontade, o compromisso de embarcar a bordo do navio. . • ... .. . comandante . . . a . . . no porto de Hamburgo e dirigir-se a Santos, Província. de São Paulo, .Brasil. ART. 4.0. Vergueiro & Cia. obrigam-se:
1 - A adiantar ao sobredito colono a soma necessária para o transporte de Hamburgo a Santos, na província de São Paulo.
2 - A fornecer a cada um dos referidos colonos, logo à sua chegada, o importe das despesas feitas com sua subsistência e transporte a uma das colônias de Vergueiro & Cia., além daquilo de que precise para manter- se até ao momento em que possa sustentar-se pelo trabalho que lhe for facultado.
3 - A atribuir a cada pai de família a porção de cafeeiros que ele possa cultivar, colher e beneficiar.
4 - Facultar ao colono o plantio em terras adequadas e em lugar designado dos mantimentos necessários para o seu sustento.
ART. 6.0 - Vendido o café por Vergueiro & Cia. pertencerá a estes a metade 10 seu produto liquido, e a outra metade ao dito colono.
ART. 8.0. Vergueiro & Cia. não poderão desonerar-se as obrigações deste contrato enquanto o dito colono cumprir fielmente as suas; é porém livre a este retirar-se d'depois de satisfazer a Vergueiro & Cia. o que estiver devendo, participando-lhe com um ano de antecedência por escrito a intenção de se retirar e sujeitando-se ao pagamento da multa de 50$000 por pessoa no caso de abandonar a colônia antes de pagar a dívida ou sem antecipar a declaração de sua intenção. (Thomas Davatz. Memórias de um colono no Brasil. 1858. In: Coletânea de documentos históricos. São Paulo: Secretaria da Educação/CENP, 1985. p. 255-258)
 
QUESTÃO 68. O documento acima é um contrato entre a Vergueiro & Cia e colonos. Nele é possível verificar que
(A) havia a faculdade do colono imigrante iniciar seus trabalhos quando quisesse o que oneravam os grandes proprietários de terras.
(B)há existência do padrão escravista nas relações de trabalho devido as dívidas contraídas antes do início de começar a trabalhar.
(C)o colono tem plena liberdade no que se refere ao tempo de produção, forma de trabalho e principalmente romper o contrato quando desejasse.
(D)a falta de mão de obra nas lavouras cafeeiras levava os cafeicultores a promoverem medidas de estímulo à imigração, mesmo com os custos elevados.
(E)existem os enormes benefícios concedidos aos imigrantes europeus como passagem, despesas afins de traslado sem nenhum ônus para o mesmo.

QUESTÃO 69. A caricatura critica
(A) política nacionalista do segundo império brasileiro que desestimula a importação de produtos estrangeiros.
(B) o protecionismo concedido pelo Estado brasileiro aos produtos importados que prejudicava a industrial nacional.
(C) campanha difamatória contra o Brasil orquestrada pelas potências estrangeiras devido a adoção do livre cambismo pelo imperador.
(D) predominância de mão de obra escrava nas industrias brasileira que barateava os custos da produção e facilitava a exportação dos produtos nacionais.
(E)a enorme quantidade de produtos agrícolas brasileiros que serviam de matéria-prima para as indústrias europeias e prejudicavam a indústria nacional.



QUESTÃO 70. A charge apresenta D. Pedro I apeado do cavalo, com a mão no queixo e sentado. A mulher atrás do índio representa a política imperial e tem uma corrente nas mãos que prende os calcanhares do índio. O artista sugere que ela
(A) impede o desenvolvimento do Brasil.
(B) estimula a produção agrícola brasileira.
(C)dificulta a aquisição da mão de obra nacional.
(D) glorifica o papel dos indígenas na formação do país.
(E) reitera o uso do trabalho indígena na lavoura cafeeira.
"Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de "menino diabo"; e verdadeiramente não era outra coisa; fui dos mais malignos do meu tempo, arguto, indiscreto, traquinas e voluntarioso. Por exemplo, um dia quebrei a cabeça de uma escrava, porque me negara uma colher do doce de coco que estava fazendo, e, não contente com o malefício, deitei um punhado de cinza ao tacho, e, não satisfeito da travessura, fui dizer à minha mãe que a escrava é que estragara o doce "por pirraça"; e eu tinha apenas seis anos. Prudêncio, um moleque de casa, era o meu cavalo de todos os dias; punha as mãos no chão, recebia um cordel nos queixos, à guisa de freio, eu trepava-lhe ao dorso, com uma varinha na mão, fustigava-o, dava mil voltas a um e outro lado, e ele obedecia - algumas vezes gemendo -, mas obedecia sem dizer palavra, ou, quando muito, um "ai, nhonhô!" - ao que eu retorquia: - "Cala a boca, besta!" (ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2001. p. 87-90.)
 
QUESTÃO 71. De acordo com o texto podemos inferir que
(A)a instituição da escravidão africana repercutia sobre as múltiplas relações da vida social.
(B)as relações perversas contra os escravos se restringiam ao campo das relações de trabalho.
(C)as atividades lúdicas envolviam diferentes grupos sociais baseados no princípio da cooperação.
(D)o cotidiano das crianças tinha como objetivo prepara-lo para a vida adulta em ambos setores sociais.
(E)apesar das diferenças sociais no que concerne as crianças, as brincadeiras infantis estilavam a cidadania.
“Há trezentos anos que o africano tem sido o principal instrumento da ocupação e da manutenção do nosso território pelo europeu, e que os seus descendentes se misturam com o nosso povo. Onde ele não chegou ainda, o país apresenta o aspecto com que surpreendeu aos seus primeiros descobridores. Tudo o que significa luta do homem com a natureza,  conquista do solo para habitação e cultura, estradas e edifícios, canaviais e cafezais, a casa do senhor e a senzala dos escravos, igrejas e escolas, alfândegas e correios, telégrafos e caminhos de ferro, academias e hospitais, tudo, absolutamente tudo, que existe no país, como resultado do trabalho manual, como emprego de capital, como acumulação de riqueza, não passa de um doação gratuita da raça que trabalha à que faz trabalhar.” (NABUCO, Joaquim. Minha formação. Brasília: Editora UnB, 1981. p. 28-29.)
 
QUESTÃO 72.O discurso de Joaquim Nabuco expressa a ideia sobre o africano
(A)nacionalismo xenófobo e sexista.
(B)representatividade cultural europeia.
(C)elemento identitário do povo brasileiro.
(D) clericalização e harmonização da sociedade
(E)romantização e idealização da cultura brasileira.
Abaixo, temos dois documentos históricos que retratam, em épocas diferentes, Abolição da Escravatura no Brasil, 1888
 
TREZE DE MAIO
Treze de maio traição,
liberdade sem asas
e fome sem pão
Liberdade de asas quebradas
Como ........ este verso.
Liberdade asa sem corpo:
sufoca no ar,
se afoga no mar.
Treze de maio – já dia 14
o Y da encruzilhada:
seguir
banzar
voltar?
Treze de maio – já dia 14
a resposta gritante:
pedir
servir
calar.
Os brancos não fizeram mais
que meia obrigação
O que fomos de adubo
o que fomos de sola
o que fomos de burros cargueiros
o que fomos de resto
o que fomos de pasto
senzala porão e chiqueiro
nem com pergaminho
nem pena de ninho
nem cofre de couro
nem com lei de ouro.[...]
e então vamos rasgar
a máscara do treze
para arrancar a dívida real
com nossas próprias mãos.
 
 (obra reunida, p. 249).OLIVEIRA SILVEIRA, 1987. http://www.letras.ufmg.br/literafro/autores/11-textos-dos-autores/848-oliveira-silveira-treze-de-maio

Antonio Luiz Ferreira. Missa campal celebrada em ação de graças pela Abolição da Escravatura no Brasil, 1888. São Cristóvão, Rio de Janeiro.
http://www.laparola.com.br/acervo-de-fotos-historicas-do-brasil-disponivel-no-portal-brasiliana-fotografica


QUESTÃO 73. Observando o poema e a fotografia, podemos concluir que eles
(A) representam uma visão simplista e romântica da abolição associada à dádiva divina.
(B) se integram pois exprimem a ideia positiva em relação ao fim da escravidão em nosso país.
(C) reverenciam o mesmo acontecimento, apesar de sua produção ter sido em épocas distintas uma da outra.
(D) diferenciam enquanto tipo de documento histórico, mas compartilham os benefícios gerados pela abolição.
(E) se opõem, visto que o poema apresenta uma posição crítica à abolição enquanto a fotografia indica festividade.
Competência ENEM 1 – Compreender os elementos culturais que constituem as identidades
Habilidade ENEM 2 – Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas.
Habilidade ENEM 4 – Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura.






LEI Nº 3.353, DE 13 DE MAIO DE 1888. - Declara extinta a escravidão no Brasil.
A Princesa Imperial Regente, em nome de Sua Majestade o Imperador, o Senhor D. Pedro II, faz saber a todos os súditos do Império que a Assembléia Geral decretou e ela sancionou a lei seguinte:
Art. 1°: É declarada extincta desde a data desta lei a escravidão no Brazil.
Art. 2°: Revogam-se as disposições em contrário.
Dada no Palácio do Rio de Janeiro, em 13 de maio de 1888, 67º da Independência e do Império. Princeza Imperial Regente.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lim/LIM3353.htm
QUESTÃO 74. De acordo com a lei acima e através de uma análise pormenorizada é possivel concluir 
(A) inexistência da garantia da cidadania e de inserção dos cativos à sociedade.
(B) a mesma possibilitou a integração dos cativos como cidadãos na sociedade.
(C) a inexistência de indenizações da lei garantiu amplo apoio das elites nacionais.
(D) a aprovação da lei aproximou o governo imperial das elites agrárias brasileiras.
(E) a lei conseguiu descontentar apenas os escravistas e agradou os abolicionistas.

"Concidadãos! 0 povo, o Exército e a Armada Nacional, em perfeita comunhão de sentimentos com os nossos concidadãos residentes nas províncias, acabam de decretar a deposição da dinastia império e consequentemente a extinção do sistema monárquico representativo. Como resultado imediato desta revolução nacional, de caráter essencialmente patriótico, acabo de ser instituído um Governo Provisório, cuja principal missão é garantir, com a ordem pública, a liberdade e os direitos dos cidadãos "Manifesto da Proclamação da República de 16 de novembro de 1889*. Apud CASAIECCHI.). E. A Proclamação da República. São Paulo: Brasiliense. 1981. p. 90.


QUESTÃO 75. Com base no texto e de acordo com os seus conhecimentos sobre a Proclamação da República no Brasil, é possível inferir que
(A) foi um golpe militar sem participação popular e sem revolução nacional.
(B) o movimento teve ampla participação popular com a legitimação do exército. 
(C) o episódio pode ser entendido como uma composição de todos os setores sociais.
(D) associa-se ao ideário de liberdade e igualdade difundido pela Revolução Francesa.
(E) simbolizou o inicio da democracia participativa e da cidadania plena em nosso país.



revista ilustrada, 21 de janeiro de 1883.
QUESTÃO 76. De acordo com a charge é possível inferir que a queda da monarquia
(A) é resultante da crise econômica cafeeira.
(B) foi uma ação militar sem participação popular.
(C) é fruto de uma guerra civil iniciada pelo exército nacional.
(D) esteve associada ao nacionalismo e a indianismo brasileiro.
(E) pode ser entendida reação do exército popular com o apoio dos abolicionistas.
 “Confesso que estimei ler tão agradável notícia; mas, como não há gosto perfeito nesta vida recebi daí a pouco uma mensagem assinada por cerca de 600.000 pessoas (ainda não pude acabar a contagem dos nomes), pedindome que ratifique o discurso do Sr. Fernandes Vilela. Há escravos, eles próprios os são. Estão prontos a jurá-lo e concluem com esta filosofia, que não parece de preto: As palavras do Sr. Fernandes Vilela [o acionista] podem ser entendidas de dois modos, conforme o leitor trouxer uma enxada às costas, ou um guarda-chuva debaixo do braço. Vendo as coisas, de guarda-chuva, fica-se com uma impressão; de enxada, a impressão é diferente” Machado de Assis. Bons Dias! Crônicas (1888-1889). São Paulo e Campinas: Hucitec e Editora da Unicamp, 1990, pp. 47-48.
QUESTÃO 77. A ironia de Machado de Assis na crônica acima que relata o personagem Policarpo que comenta o discurso de um acionista Banco Predial em 19 de abril de 1888 se refere
(A) ao fim do pensamento escravista dos senhores cafeicultores
(B)a existência do ideal militarista e nacionalista da identidade brasileira.
(C)a permanência da ideologia senhorial, mesmo após a abolição da escravatura.
(D)ao contexto histórico que fortaleceu o poder imperial brasileiro com D. Pedro II.
(E) ao processo abolicionista como fruto de ação popular, democrática e justiceiro. 
 
GABARITO
32    33    34    35    36    37    38    39    40
 A    C    C    E    C    B    C    E    C
 
41    42    43    44    45    46    47    48    49    50
B    B    C    B    B    D    A    D    D    C
 
51    52    53    54    55    56    57    58    59    60
B    B    A    B    E    D    E    C    B    A
 
61    62    63    64    65    66    67    68    69    70
A    D    E    B    C    E    A    B    B    A
 
71    72    73    74    75    76    77    78    79    80
A    C    E    A    A    B    C