A Polícia Federal em Pernambuco cumpre na manhã desta terça-feira (15), mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Luciano Bivar. O deputado federal e presidente do PSL é investigado sobre o esquema de candidaturas do partido.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, os mandados foram autorizados pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco, atendendo a pedidos do Ministério Público e da polícia. A casa de Bivar em Recife é um dos alvos.
O caso criou uma crise interna no PSL entre o grupo que apoia Bivar e o de Bolsonaro. A operação desta terça foi nomeada Guinhol, em referência a um marionete personagem de teatro de fantoches criado no século 19.
A polícia apura se candidaturas pelo PSL para as eleições de 2018 foram criadas apenas para a movimentação ilegal de recursos. Em fevereiro, a Folha revelou que o partido de Jair Bolsonaro criou uma candidata a deputada federal laranja para usufruir de uma verba pública de R$ 400 mil. Maria de Lourdes Paixão, 68, concorreu em Pernambuco e recebeu 274 votos.
Maria de Lourdes Paixão foi a terceira maior beneficiada com a verba no País, na frente do próprio Bolsonaro e da deputada Joice Hasselmann (SP), que conquistou 1,079 milhão de votos. Investigações apontam que a direção nacional do PSL o dinheiro para a conta de Maria de Lourdes no dia 3 de outubro de 2018.
O presidente interino do partido na época era Gustavo Bebianno, hoje ministro da Secretaria-Geral da Presidência, responsável pelos repasses do fundo partidário. Luciano Bivar, fundador e atual presidente da sigla, estava licenciado da presidência do partido.
Ainda conforme a Folha de S.Paulo, a prestação de contas da então candidata aponta que 95% do total foi gasto em uma gráfica para impressão de 9 milhões de santinhos. O valor também teria sido usado para imprimir 1,7 milhão de adesivos, no dia 7 de outubro. A eleição foi no dia 8.
*Da redação do Blog do Farias Júnior com dados do OPOVO