Ivani Landim
Hoje na nossa história cotidiana faço homenagem a alguém que faz parte do contexto da cidade como pessoa, profissional, mulher e exemplo de superação. Trago com muito carinho Ivani Landim, conhecida por todos nós por sua alegria contagiante e sua maneira única de ser.
As histórias, já citei várias vezes, elas são únicas. As pessoas aqui homenageadas podem até pertencer a mesma árvore genealógica, mas cada uma escrevendo a sua história, do seu jeito, com suas peculiaridades pessoais e intransferíveis. Assim me deparo com a história de Ivani Landim, mulher forte e destemida.
Ivani nasceu na cidade de Brejo Santo, no ano de 1950, filha do casal João Landim da Cruz e Joana Leite de Moura, o pai natural de Missão Velha e sua mãe filha natural de Brejo Santo. Descende de um família de 13 irmãos: Zé Landim, Ivan Landim (in memoriam), Maria, Wanderley, Irene, Francisco (in memoriam), Clodoaldo (in memoriam), Inês, Ilma (in memoriam), Luizinho (in memoriam) e Ivani é a caçula, outros morreram ainda pequenos. Sua mãe era uma mulher simples, mas sempre colocou Deus acima de tudo, e dizia: “quem cria meus filhos é Deus”. Tinha o costume de sentar na calçada com os três menores Zé Landim, Ivan Landim e Maria, e dizia que seus filhos iam ser doutor apesar das críticas que muitas vezes recebia, não trabalhava e só cuidava dos filhos. Era devota de São Francisco e tudo que pedia a intercessão do Santo alcançava, por isso o legado da devoção familiar. Ivani conta fatos dessa devoção em que sua mãe teve um problema no olho e foi até o Dr. Gestrera na cidade do Crato à cavalo, e depois da consulta este disse que ela iria perder a visão, mas sua mãe diz que não, por que o médico que iria curar era o médico do céu, e ele era médico da terra. Fez então uma promessa com São Francisco, no outro dia do olho dela saiu a secreção e não cegou. Outro fato é que ela pedia a São Francisco que Deus levasse primeiro Luizinho, João Landim e depois ela. Ivani até brinca com sua mãe e diz que era um sorteio de loteria. Ivani diz que não foi nada fácil, era preciso muita fé e coragem, e que seus pais foram guerreiros.
Ivani relata um pouco da sua Infância, diz que não foi fácil, por que sempre procurou ajudar desde criança nas tarefas domésticas, bem como ajudar a cuidar do seu irmão Luizinho que era deficiente mental, bem como de seu pai. Apesar de Luizinho ter nascido antes de Ivani ela se dedicou integralmente a cuidar do irmão. Mas por ser uma pessoa muito alegre, apesar dos afazeres e por ser “danada” demais brincava, depois que arrumava todos de casa era uma alegria. O lazer de Brejo Santo era arrumar a casa, ou um banho de bica se tivesse, e com seu jeito irreverente diz: “lá em casa como não tinha uma bica, botava água em uma bacia com sal e me bronzeava e tomava minha cerveja, mas fui uma adolescente muito feliz e ainda hoje sou muito feliz”. O BSUC (Brejo Santo União Clube) surgiu quando ela tinha de 15 pra 16 anos, outro ponto de diversão. Gostava de festas, dos carnavais, Ivani diz que veio de uma família pobre, foi criada com responsabilidades e que sempre foi ativa, cuidou do seu pai que já se encontrava doente com esclerose, seu pai foi vereador por quatro mandatos na cidade Brejo Santo, homem integro e honesto, sempre se dedicou a política. Mas seu pai tinha o cuidado de que os filhos não se envolvessem, ou seja, ele mesmo resolvia as dificuldades surgidas na vida política.
Na juventude Ivani cursou o magistério no Balbina Viana Arrais e concluiu seus estudos no colégio Padre Viana, escola que ela nutre um amor especial, fez o quarto normal, e na época era como se fosse uma faculdade. Depois conseguiu um contrato do estado com um Grão Mestre da maçonaria por intermédio de seu irmão Clodoaldo. Ensinava na cidade de Milagres, acordava às cinco h da manhã e se deslocava todos os dias chegava as sete h da manhã, depois foi transferida para Brejo Santo. Ao ser transferida para a Escola Joaquim Gomes Basilio, na época Evânia Silviano foi ensinar José Matias Sampaio e na ocasião Ivani foi ocupar a vaga que ficou na escola. Recorda o nome de alguns de seus alunos: Edson (eletricista), Luís Antônio (in memoriam) e Claudinha Landim, ensinava todas as disciplinas na terceira série e ensinou até o período de sua aposentadoria.
Na juventude Ivani cursou o magistério no Balbina Viana Arrais e concluiu seus estudos no colégio Padre Viana, escola que ela nutre um amor especial, fez o quarto normal, e na época era como se fosse uma faculdade. Depois conseguiu um contrato do estado com um Grão Mestre da maçonaria por intermédio de seu irmão Clodoaldo. Ensinava na cidade de Milagres, acordava às cinco h da manhã e se deslocava todos os dias chegava as sete h da manhã, depois foi transferida para Brejo Santo. Ao ser transferida para a Escola Joaquim Gomes Basilio, na época Evânia Silviano foi ensinar José Matias Sampaio e na ocasião Ivani foi ocupar a vaga que ficou na escola. Recorda o nome de alguns de seus alunos: Edson (eletricista), Luís Antônio (in memoriam) e Claudinha Landim, ensinava todas as disciplinas na terceira série e ensinou até o período de sua aposentadoria.
Ivani casou-se com Joaquim Gomes Pinheiro, atualmente Ivani dedica seu tempo a cuidar do esposo, diante das dificuldades da doença enfrentada por ele, e tem uma filha do coração Maria Teresa. Ivani é uma guerreira diz que enfrentou um câncer, passou alguns dias na UTI, esteve à beira da morte, mas sempre otimista e com um astral invejável, dizia a seu médico que iria viver não era sua hora, foram 23 dias de hospital e depois um tratamento de 40 dias. O médico Robert Bringel (irmão de Dr. Sávio), tinha conhecimento que toda família Landim era de médicos e que estes tinham colocado um problema sério em suas mãos, mas todos confiaram nele, e diz: “primeiro Deus e depois Dr. Robert Bringel, mas Deus tinha um propósito para mim que é cuidar de Quinzó meu esposo e de minha filha Maria Teresa, para ela não poder ficar sem mãe”. Ivani é uma tia dedicada aos sobrinhos, ama a todos mas revela, que os mais próximos ao seu coração são Welington Landim (in memoriam), Márcio Landim e Teresa Landim e seu sobrinho neto do coração é Welington Filho, mas ama todos. São bons e lhes deram assistência quando ela estava doente, como Wergila, Wider, Welilvan, Teresa, Welinadja, Webert, Ivan Junior e principalmente Welington que organizou tudo na sua vida, apesar de achar que não merecia, tanta dedicação. Os sobrinhos cuidam de todas as tias e que revelação bonita: “O mais bonito que acho é que dia de domingo, como todas já idosas, mas sempre estamos juntos deles, eu não, por que cuido de Quinzó com amor e carinho e fico na minha casa com satisfação, mas minhas irmãs todos os domingos almoçam com um sobrinho, ou na casa ou de Wergila, ou de Teresa, enfim todos que tem chácara as mandam buscar”. De fato são laços que perduram e que a unidade prevalece mesmo diante das dificuldades.
É de nosso conhecimento que a Imagem da Igreja de São Francisco foi doada por Ivani Landim e tudo isso tem um motivo de fé e devoção. Ela conta que como seu pai tinha esclerose por conta de um AVC, ou seja, não lembrava dos fatos ou de determinadas coisas, ela pediu a São Francisco que o ajudasse a se recuperar, lembra que compartilhou com a amiga Onezina. Foi à Igreja e pediu a graça da cura de seu pai, pois já se passavam quarenta dias de desorientação. A graça sendo alcançada ela compraria a imagem de São Francisco e doaria a Igreja. Ao chegar em casa encontrou seu pai curado, pois ele já lembrava da comida, dos filhos, pediu para comer, lembrou de Sr. Ivan e perguntou como estava o comércio. Pediu pra sentar na calçada depois do jantar, costume deixado pelos pais e que realizam ainda hoje. Muito bonito essa simplicidade de vida interiorana, algo esquecido pela maioria de nós.
Encerro perguntando quem é Ivani Landim, eis a resposta: “Sou uma mulher guerreira, feliz da vida. Amo minha filha, amo meus sobrinhos, minha família, pronta pra ajudar a qualquer pessoa. Sou uma pessoa que sei perdoar. Amo Brejo Santo assim como Welington amava”. Ela se alegra com a carreira política da família, de Guilherme, diz que a política está no sangue da família e que agora Teresa que é sua vida, tem todas as sobrinhas no coração, mas todas sabem desse amor e carinho especial por Teresa. Como revelou anteriormente reforça mais uma vez seu amor por seus sobrinhos Márcio, Welighton (in memoriam), e seus sobrinhos(as) netos(as) Welington Filho, e por amor por Ivína filha de Ivan Junior. Encerra dizendo: “amo todas, e todos, são portas abertas pra tudo pra alegria e pra tristeza, pessoas de muita fé e que não guardam rancor”.
Grata Ivani pelas suas palavras de alegria, de garra, de superação e de vitória. Obrigada pela sua contribuição na nossa história cotidiana por ensinar a todos nós que existe motivos pra acreditar nos desafios da vida e que tudo vale a pena quando se tem alegria e entusiasmo no coração, foi isso que senti ao conversar com você. Nossa homenagem a você de todo coração.