terça-feira, 4 de agosto de 2020

Ceará tem oito hospitais com pesquisas sobre efeitos do coronavírus.

Em paralelo à tentativa de socorrer os pacientes, profissionais da saúde e estudantes de pós-graduação no Ceará realizam estudos de diferentes formatos e objetivos nos hospitais que tratam a Covid-19. Segundo levantamento feito pelo G1, há mais de 52 pesquisas em curso ou cadastradas em oito unidades hospitalares públicas do estado.


Na prática, a pandemia requisita mais ênfase naquilo que, de certa forma, já ocorre em parte dos hospitais: investimento na pesquisa científica. É por meio dela, relatam estudiosos, que se geram informações criteriosas e tecnologias capazes de mudar a atual situação.

Na rede pública estadual, há distintas pesquisas acontecendo nos seguintes hospitais:

Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes
Hospital São José
Hospital Infantil Albert Sabin
Hospital Geral de Fortaleza
Hospital Leonardo da Vinci
Hospital de Saúde Mental de Messejana Professor Frota Pinto

Além dessas unidades, o Instituto Dr. José Frota, da rede municipal, e o Hospital Universitário Walter Cantídio, unidade vinculada ao Governo Federal, também têm estudos em curso sobre a Covid-19.

No IJF, que recebeu cerca de 470 a 500 pacientes com coronavírus e em estado grave, a chefe do Núcleo de Intoxicação do Hospital, Polianna Lemos, é responsável pelas pesquisas sobre a doença e explica que há várias linhas de estudos.

Uma delas investiga o que leva o paciente a precisar de uma hemodiálise ou a ter alguma insuficiência renal dentro de 48h com a doença. Uma segunda linha analisa a coagulação sanguínea. Já outro estudo, segundo ela, avalia as alterações neurológicas do paciente, pois os profissionais perceberam que há essa característica nos casos de Covid.

No Hospital, há também uma pesquisa sobre imunologia ao vírus, feita em parceria com o Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas da UFC. “Para desenvolver tudo isso, nós temos uma equipe de multiprofissionais. São cerca de 40 pessoas, entre universitários, doutorandos, pós-doutorandos, acadêmicos, mestrandos, etc.”, afirma Polianna.

Nenhum desses estudos, porém, foi publicado ainda. A estimativa é de que a publicação de alguns aconteça somente em 2021, prazo necessário aos critérios do fazer científico. “Nós vamos refinando os estudos com análises do país todo para que tenhamos um tratamento de excelência para os pacientes, afinal, queremos promover a saúde”, reforça.

*Da redação do Blog do Farias Júnior com dados do G1 CE. Para ler a matéria original, clique aqui

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