Foto: Reprodução/Fiocruz |
O Ceará se manteve pela nona semana consecutiva fora da zona de alerta para ocupação de UTIs públicas em função do coronavírus. O dado consta no Boletim Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), publicado nesta sexta-feira (17). De acordo com o documento, apesar de ter subido dois pontos percentuais, em comparação com a semana anterior, o Ceará está com 40% de ocupação de leitos para pacientes adultos com quadros mais graves.
O estado vem ficando de fora da zona de alerta desde o boletim do dia 19 de julho de 2021, com redução paulatina nesse índice. Antes disso, o Ceará se mantinha em níveis intermediários ou críticos desde julho de 2020, quando começou a ser feito o levantamento.
A Fiocruz começou a fazer o levantamento em 17 julho de 2020. Nesta época, o Ceará aparecia em "alerta intermediário", ou seja, com a taxa de ocupação leito UTI adulto Covid-19 entre 60% e 80%. Quando há baixa ocupação, a entidade considera fora da zona de alerta e abaixo de 60%; já com ocupação acima de 80%, o nível é chamado de "crítico".
"Apesar da relevante queda nas taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19, um indicador que se mostrou sensível à dinâmica da pandemia, a cautela ainda é fundamental para que não se observem reveses. A vacinação é a mais efetiva estratégia para o enfrentamento da pandemia e precisa continuar sendo acelerada e ampliada", escreveu a entidade no documento.
Em todo o Brasil, apenas dois estados estão em nível intermediário (Roraima e Rio de Janeiro). Roraima, que estava em nível crítico, reduziu ocupação para 76% e voltou ao nível intermediário. O Rio de Janeiro, por sua vez, está com nível médio, com 62%. Veja a evolução da ocupação das UTIs no Brasil no mapa divulgado pela Fiocruz:
A Fiocruz destaca ainda queda nos indicadores de Fortaleza de ocupação em Fortaleza. Segundo a Fundação, a ocupação de pacientes adultos graves caiu de 55% para 50%, ficando, pela segunda semana consecutiva, fora da zona de alerta.
Incidência de casos mais graves
Outro dado apresentado pelo boletim da Fiocruz é a taxa de incidência de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) provocados pela Covid-19. Esse quadro clínico é o mais severo provocado pelo coronavírus e demanda leitos de atenção, tendo maior probabilidade de evolução para óbito.
O Ceará, conforme a Fundação, está com incidência de 1,7 casos de SRAG para cada 100 mil habitantes, o segundo menor valor do Nordeste. À sua frente, na região, está o Maranhão, com 0,8 pacientes internados de forma mais graves a cada 100 mil habitantes.
*Da redação do BFJR, com G1.