sexta-feira, 4 de novembro de 2022

COLUNA DA FÁTIMA ALVES - Novembro: mês da consciência negra

Novembro chegou! Chegou com muitas referências, é o mês azul da prevenção, mas é também de reafirmação do povo brasileiro: o mês da Consciência Negra.  Diria que todo mês é dia de consciência negra, mas novembro se intensifica. Por quê? É tempo de reafirmar a resistência do povo. 

 


Nossa história cotidiana, contada aqui nesse espaço, não poderia deixar de contribuir esse mês sobre um assunto tão pertinente e que nos ajuda a refletir devido as atividades de luta do Movimento Negro e de diversos setores organizados.

 

Um dos processos de liberdade do povo negro se deu no Quilombo dos Palmares, que foi um dos locais da era colonial e sua origem remonta dos anos de 1580. Sabemos historicamente que Palmares foi um refúgio dos negros e negras escravizados fugidos, e este quilombo representa o primeiro grito de liberdade. Foi a luta pela terra, pela ampliação de direitos, por liberdade democrática, enfim, início de luta e resistência. Um quilombo representa a história, a memória de um povo que não quis ser escravo, mas foi escravizado. 

 

Hoje, para iniciar o mês da Consciência Negra nossa história cotidiana registra a visita a um dos Quilombos reconhecidos na região do Cariri, e que está localizado na cidade Porteiras. A Comunidade Quilombola dos Souza, está localizado no Sitio Vassourinha, a responsável por manter viva a comunidade, bem como as tradições é a Maria Josefa da Conceição – Maria de Tiê. Maria de Tiê é um dos ícones da cultura tradicional popular cearense, é um tesouro Vico do Ceará, com título Notório Saber em Cultura Popular Pela SECULTE/CE e UECE. Maria de Tiê é liderança comunitária, e responsável por manter viva a Dança do Coco e o Maneiro Pau na Comunidade e vive em constante luta por melhorias e valorização do seu povo.

 

Registra-se, assim, a visita de professores da rede municipal, de coordenadores, fazendo a história acontecer e dando início ao mês da Consciência Negra.