(foto: Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília) |
De acordo com o Tenente-coronel Giuliano Rocha, do CBMCE, essas ocorrências acontecem predominantemente no ambiente doméstico e estão relacionadas a vazamentos de gás liquefeito de petróleo, o gás de cozinha. “As (ocorrências) industriais têm até um potencial de risco maior, no entanto a grande maioria é de ocorrências domésticas,” coloca.
Segundo ele, a maioria dos casos registrados não chegou a resultar em incêndio ou princípio de incêndio. No entanto, o vazamento de gás pode oferecer outros riscos à população. Um deles é o potencial asfixiante do gás de cozinha, cuja inalação pode levar a tonturas, desmaio e a fatalidades. Dependendo da proporção, o vazamento pode também colocar em risco a vizinhança.
Como prevenir acidentes
Para evitar vazamentos e acidentes, ao comprar o registro do gás e a mangueira, é fundamental priorizar a aquisição de material original e com selo do Inmetro, o que garante que o produto passou por fiscalização de segurança. O recomendado é trocar o registro e a mangueira de gás a cada cinco anos.
O tenente-coronel alerta que, na troca do gás, é importante não utilizar nenhuma ferramenta para evitar que a vedação seja danificada, o que pode ocasionar um vazamento.
Após a troca, Giuliano instrui que é preciso realizar uma inspeção para garantir que não há vazamentos utilizando uma esponja com água e sabão. Para isso, deve-se fazer espuma sobre a superfície da esponja e aproximá-la da boca do botijão. Caso a espuma forme bolhas, é possível que haja um vazamento.
Outro indício de vazamento é o cheiro. Apesar de o gás liquefeito de petróleo ser inodoro, o combustível comercializado é acrescido de um composto a base de enxofre cujo cheiro pode ser identificado quando há um vazamento.
Em caso de vazamento, o Corpo de Bombeiros deve ser acionado através do telefone 193, e todas as pessoas na casa devem ser avisadas e evacuadas. É importante abrir as janelas e portas para garantir que o ambiente esteja arejado.
Além disso, não se deve, “em hipótese nenhuma, acionar nenhuma fonte de calor, como ligar a boca do fogão, ligar um isqueiro, clicar em um interruptor de uma tomada, porque daí pode surgir uma fagulha e causar uma explosão,” explica Giuliano Rocha.
Dentre as ocorrências relacionadas a gases, 1781 foram registradas na Capital e 337, em cidades do interior do estado. Segundo Rocha, isso provavelmente se dá pela densidade demográfica e por uma subnotificação desses casos, uma vez que moradores de municípios que não possuem uma sede do Corpo de Bombeiros não noticiam acidentes com a mesma frequência e tendem a tentar resolvê-los sem intervenção dos profissionais. Ele ressalta que o Corpo de Bombeiros atende todas as cidades do interior do estado.
Em 2022, a instituição também apagou 1.184 incêndios em residências e 5.214 incêndios em vegetações no território cearense.
*Fonte: O Povo