segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

Lula começa governo sem recursos para a Saúde, merenda escolar, vacinação e segurança pública

Foto: Carl Souza/AFP

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou como presidente da República durante cerimônia de posse na Câmara dos Deputados na tarde deste domingo, 1º. Em 30 minutos de fala, ele agradeceu aos apoiadores, fez promessas para o terceiro Governo e afirmou que "quem errou responderá por seus erros". 


Ele prometeu reconstruir o Brasil e tirar milhões da pobreza. Lula afirmou que a vitória foi resultado da "consciência política da sociedade brasileira e da frente democrática que formamos". "Foi a democracia a grande vitoriosa, superando a maior mobilização de recursos públicos e privados que já se viu; as mais violentas ameaças à liberdade do voto", criticou.


Conforme o presidente, o diagnóstico do Gabinete de Transição foi "estarrecedor". "Esvaziaram os recursos da Saúde. Desmontaram a Educação, a Cultura, Ciência e Tecnologia. Destruíram a proteção ao Meio Ambiente. Não deixaram recursos para a merenda escolar, a vacinação, a segurança pública", pontuou.


"Não carregamos nenhum ânimo de revanche contra os que tentaram subjugar a Nação a seus desígnios pessoais e ideológicos, mas vamos garantir o primado da lei. Quem errou responderá por seus erros, com direito amplo de defesa, dentro do devido processo legal", sinalizou.


Primeiras ações do Governo

Segundo ele, as primeiras ações do novo governo visam resgatar 33 milhões de pessoas da fome e mais de 100 milhões da pobreza. Dentre as ações, ele garantiu um Programa Bolsa Família "renovado, mais forte e mais justo, para atender a quem mais necessita", retomar o Minha Casa Minha Vida e estruturar um novo PAC para gerar empregos.


Defesa da democracia 

Segundo ele, os adversários são "inspirados no fascismo", será defendido com os poderes que a Constituição confere à democracia. "Ao ódio, responderemos com amor. À mentira, com verdade. Ao terror e à violência, responderemos com a Lei e suas mais duras consequências".


"Sob os ventos da redemocratização, dizíamos: ditadura nunca mais! Hoje, depois do terrível desafio que superamos, devemos dizer: democracia para sempre!", defendeu.

 


*Fonte: Agência Brasil