Foto: Helene Santos/Governo do Ceará |
No mesmo período de 2021, a central recebeu 343.561 ligações, sendo 39.474 trotes, 11% das chamadas. Uma redução de 13.831 ligações indevidas em relação ao ano seguinte. Mas, afinal, por que as pessoas continuam fazendo trotes telefônicos?
De acordo com o coordenador Médico do Samu 192 Ceará, Breno Novais, o período do ano de maior incidência de ligações fraudulentas são os meses de férias escolares, “caracterizando que são os jovens que estão de férias e que acabam utilizando esse tempo de mais ócio para cometer essas infrações”.
“Geralmente eles ocorrem com maior frequência no final da tarde, que é justamente o horário de pico de ligações na nossa Central de Urgência, o que acaba deixando a nossa linha telefônica ocupada. Quem realmente está esperando por um chamado de emergência, fica no aguardo enquanto essas ligações fraudulentas estão acontecendo”, diz.
Trotes telefônicos: quais são os principais motivos?
Segundo o coordenador Médico do Samu 192 Ceará, Breno Novais, o motivo aparente desses trotes telefônicos é a chacota. Também costumam acontecer por conta de brincadeiras envolvendo o uso de bebidas alcoólicas.
“No Samu 192 Ceará estamos tentando contornar essa situação com trotes telefônicos fazendo projetos de conscientização, com divulgação na mídia, mostrando o impacto assistencial que esses trotes podem ocasionar e a falta de emergência necessária para alguém que está precisando”, afirma Breno.
Ele explica que o Samu conta com parceria da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) para tentar identificar e punir esses infratores, bem como treinamentos e tecnologias utilizadas pelas equipes que atendem às chamadas.
Passar trotes telefônicos para serviços de emergência é um crime previsto pelo Código Penal Brasileiro e pode levar à pena de detenção de um mês a seis meses ou multa, conforme o coordenador.
“Pode ser alguém que está em um acidente de moto na rua, que está infartando ou tendo um AVC, que vai ter o atendimento prolongado por conta de uma pessoa que está passando trote e ocupando a linha telefônica da Central de Urgência. Às vezes, ocupando até uma ambulância chegando para atender a uma ocorrência que não existe”, conclui o coordenador.
*Fonte: O Povo