(foto: Helene Santos/Governo do Estado) |
Cerca de 60 mil pessoas aguardam na fila, contando com a rede estadual e a municipal de Fortaleza. Ocorre que o número não é preciso. Cálculo não considera quando um paciente dá entrada em um procedimento em mais de um hospital, por exemplo. Ou os que não precisam mais da cirurgia.
Cirurgias gerais, como de vesícula e de hérnias são algumas das mais procuradas. Bem como as cirurgias urológicas e ortopédicas. No ano passado, foram realizadas 31 mil cirurgias por meio do programa Cirurgia 24 horas, conforme a gestora.
Além das unidades públicas, hospitais filantrópicos e privados também devem participar. Em paralelo à iniciativa do Ceará, o Estado aguarda orientação do Ministério da Saúde sobre um mutirão a nível nacional.
"Eu estou com uma equipe concentrada na questão da regulação da fila pra gente realmente ter uma fila verdadeira, fiel, sem duplicidades. A fila é muito dinâmica. Entra e sai paciente todo dia. Zerar é difícil por causa dessa entrada e saída. Mas se a gente conseguir chega ao mínimo possível, a gente já está conseguindo uma excelente meta", explica Tânia Mara.
Além de credenciar as unidades, é necessário verificar quais têm condições de realizar as operações. "Para a população fazer sua cirurgia eletiva que, às vezes, são cirurgias de média complexidade. Pode fazer no hospital do Interior sem grande necessidade de maior complexidade", analisa.
A gente tem que ver qual a capacidade técnica de cada hospital. "Cirurgias de alta complexidade, a gente só pode fazer em hospitais que tem estrutura de UTI. Então, tudo isso a gente avalia pra dizer: esse hospital vai fazer cirurgia X esse vai fazer cirurgia Y", detalha.
Capacitação de profissionais da Saúde e deve ser prioridade
Um ponto que está no radar da gestora e também deve ser prioridade nos próximos anos é cuidar dos "recursos humanos" da Saúde. "A gente tem que se preocupar sempre com a melhoria de condições de trabalho para nossos profissionais, nossos colaboradores, assim como um pagamento correto e adequado para o que eles estão realizando. E capacitação é importante, a gente tem que reciclar", amplia a secretária.
Outra questão é a inovação digital. "A gente sabe que tem especialistas que a gente não consegue levar para o interior, mas a telemedicina chega", frisa. Uma ferramenta que pode mudar a dinâmica de atendimento é o "registro eletrônico, uniforme, padrão".
"Se a gente conseguir estabelecer um prontuário eletrônico em todo o estado do Ceará onde o paciente é atendido lá no interior de Jardim, por exemplo, vai estar lá no prontuário eletrônico. Se ele chegar com o atendimento aqui em Fortaleza, a gente tem acesso àquelas informações. Isso é muito bom. Porque você otimiza o atendimento, você já sabe quais foram os exames que ele já já fez", detalha.
"O prontuário eletrônico único seria uma grande realização e até um grande sonho que eu tenho de estabelecer no estado do Ceará todo. Isso seria uma grande conquista, né?", prospecta.
*Fonte: O Povo