Foto: Antonio Rodrigues/Sistema Verdes Mares |
"Ele tentou ficar comigo e com outras meninas. Como a gente não quis ele nos esculhambou, disse que era médico, que podia ficar com a mulher que quisesse, que não precisava daquilo, pois o pai dele mandava na cidade", disse a mulher.
Conforme a jovem, o grupo permaneceu na casa e no dia seguinte o médico continuo a dizer insultos contra ela, que foi para cima do homem.
"Ele puxou meus cabelos e deu vários murros na minha cabeça. O pessoal que estava lá conseguiu tirar ele de cima de mim e me colocaram em um quarto. Enquanto eu estava no banheiro lavando o rosto, ele pulou a janela, invadiu o quarto, puxou meus cabelos, me jogou no box e colocou o dedo na minha garganta. Eu tentava levantar, mas ele chutava minhas pernas e eu caia de novo. Gritei por socorro e conseguiram me ajudar", relatou a vítima.
Ainda segundo a mulher, ela também teve a vida ameaçada pelo profissional de saúde.
Crime contra administração pública e acidente com vítima
O profissional de saúde possui antecedentes criminais pelo crime de administração pública e foi autuado em flagrante por lesão corporal e cárcere privado contra a namorada. Ele é réu na Justiça estadual desde setembro de 2012, pelo crime de homicídio culposo na direção de veículo, que resultou na morte de uma mulher.
De acordo com a segunda vítima, de Fortaleza, que terá a identidade preservada, ela conheceu o médico em junho de 2021, na casa de um amigo no município de Caucaia. Inicialmente, o homem tentou uma investida contra ela e outras mulheres que estavam no local, mas ao perceber que não estava sendo correspondido passou a agredir as jovens verbalmente.
"Disse a ele que iria denunciar o que ele tinha feito e ele falou que se eu denunciasse onde me visse iria me matar. Fiquei com medo de sair por um tempo, porque descobri que ele andava em alguns locais que eu gostava de ir", disse a mulher.
Após as agressões, a jovem foi para casa e a mãe dela a levou para registrar um Boletim de Ocorrência no 7º Distrito Policial, no Bairro Pirambu, na capital. A vítima passou por um exame de Lesão Corporal na Perícia Forense (Pefoce), que constatou a presença de escoriação na região lateral esquerda da face e na parte interna do lábio superior.
A jovem disse que o caso dela "não deu em nada" e o médico não chegou a ser chamado pela polícia. Para ela, a prisão do homem trouxe "alívio".
*Fonte: g1