RIO DE ESPERANÇA
Nas enxurradas da vida
Há várzeas de ilusão
Minha alma é dividida
Com os sonhos do coração.
Rio de águas selvagens
Absurdo que se lança
Inundação de coragens
Num vale de esperança.
Com uma voz de canora
Uma fantasia alteia
E uma inspiração sonora
Fluindo por cada veia.
Bendita seja essa cheia
Como sonhos de criança
E uma atitude alheia
Por um alvo que se alcança.
A água se desatando
Num sussurro que se acalma
O rio fica jorrando
Surpreendendo minh’alma.
Vem o esperado outono
E a enxurrada se lança
E no mais profundo sono
Nasce o Rio da Esperança.
Poeta: Acrísio Pereira
Brejo Santo, 23/02/2023.