terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

Juazeirense que sobreviveu a terremoto na Turquia volta ao Brasil como refugiada

Foto: TV Globo/Reprodução

A cearense Amina Nahan, natural de Juazeiro do Norte, voltou ao Brasil depois de oito anos morando no Oriente Médio. Ela é enfermeira e prestava serviço humanitário na Turquia quando ocorreu o terremoto que matou mais de 35 mil pessoas. Amina e o marido perderam a casa, que foi destruída, e todos os bens que tinham nela.


A enfermeira, o marido e outros 15 sobreviventes foram trazidos ao Brasil neste domingo (12) por um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). A TV Globo enviou uma equipe de reportagem ao local no avião da FAB e doou o valor equivalente ao custo da viagem para ajuda humanitária às vítimas do terremoto.


"Estou muito feliz. Quando a gente pisou em solo brasileiro, vocês não têm noção. Eu recebi um pãozinho de queijo e eu falei: 'Deus do céu, nunca pensei que um pão de queijo fosse tão importante nas nossas vidas. Sou brasileira mas estou voltando como refugiada. A casa foi toda perdida, as coisas perdidas, ele [o marido] precisa de um trabalho aqui, nós precisamos de apoio e a gente conta com a solidariedade de todos e saber que nós vivemos esse drama e que foi de uma maneira muito violenta", disse Amina Nahan, em entrevista à TV Globo.


Amina já havia morado na Síria, onde conheceu o marido. Mas com medo da guerra que assolava o país, ela e o marido se mudaram para a Turquia. Agora, o terremoto trouxe o casal para o Brasil.


O número de vítimas do violento terremoto de 6 de fevereiro na Turquia e na Síria chegou a 35.225, conforme os dados oficiais atualizados nesta segunda-feira (13).


O terremoto de 7,8 graus de magnitude provocou 31.643 mortes no sul da Turquia, informou a Autoridade de Gestão de Desastres e Emergências (AFAD). As autoridades sírias registraram 3.581 mortos na Síria.


Também nesta segunda-feira, a Organização das Nações Unidas (ONU) disse que, a partir de agora, a tendência é que a busca por sobreviventes esteja chegando ao fim. Agora, disse a ONU, o foco deve ser voltar a garantir abrigo e condições básicas aos sobreviventes e desabrigados.


Ainda assim, nesta madrugada uma menina de quatro anos e uma mulher foram resgatadas com vida após uma semana debaixo dos escombros.

 


*Fonte: g1