"Jair Bolsonaro, Mauro Cid e, possivelmente, Marcelo Câmara tinham plena ciência da inserção fraudulenta dos dados de vacinação, se quedando inertes em relação a tais fatos até o presente momento", diz a PF em representação. A Procuradora Geral da República (PGR) foi contra esse entendimento e defendeu que não haveriam indícios para ligar Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) às fraudes.
A PF aponta que uma das principais ligações seria que a emissão de comprovantes de vacinação do ex-presidente foram feitas a partir do Palácio do Planalto, em 22 e 27 de dezembro. O ministro argumentou que "não se demonstra crível a afirmação" que o ex-ajudante de ordens do ex-mandatário, Mauro Cid, tenha articulado a fraude "sem o conhecimento e sem a anuência do ex-Presidente da República".
"Não há qualquer indicação nos autos que conceda credibilidade à versão de que o ajudante de ordens do ex-Presidente da República JAIR MESSIAS BOLSONARO pudesse ter comandado relevante operaçãocriminosa, destinada diretamente ao então mandatário e sua filha L. F. B., sem, no mínimo, conhecimento e aquiescência daquele, circunstância que somente poderá ser apurada mediante a realização da medida de busca e apreensão requerida pela autoridade policial", disse o ministro ao autorizar a operação.