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O psicanalista e professor titular do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (US), Christian Dunker, descreve isso como sintoma da maior visibilidade dos “nós de ódio”, o que não necessariamente subentende um aumento da violência propriamente dita. Seria, para ele, “uma insubordinação e inquietude das pessoas” que buscam medidas para resolução de uma violência que tem-lhes afetado.
“Quando eu digo que os nós do ódio estão mais visíveis, é porque a percepção social da violência é um fenômeno que acompanha um pouco a violência real, mas nem sempre. Nós podemos enxergar com maior clareza, podemos dar mais relevância, nos indignar mais com a violência, ou podemos viver num estado de extrema violência, mas aquilo não é percebido e não gera a indignação necessária para que a gente faça uma transformação”, afirmou o professor em entrevista à repórter Maisa Vasconcelos, da rádio O POVO CBN, nessa terça-feira, 16 de maio.
Fonte: O POVO