domingo, 25 de junho de 2023

Quatro policiais são condenados a 275 anos de prisão cada pela chacina de 11 pessoas no Ceará

 Foto: Fabiane de Paula/Sistema Verdes Mares

Após cinco dias de julgamento, a Justiça do Ceará condenou quatro policiais militares réus por participação nos crimes da Chacina do Curió, que resultaram na morte de 11 pessoas, em novembro de 2015. As penas somadas chegam a 1.103 anos e oito meses. A sentença deve ser cumprida a partir deste domingo (25), e os condenados podem entrar com recurso.


Foram julgados nesta primeira etapa: Marcus Vinícius Sousa da Costa, Antônio José de Abreu Vidal Filho, Wellington Veras Chagas e Ideraldo Amâncio.


O julgamento foi realizado no Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza, desde a terça-feira (20). As penas foram estipuladas pelo Colegiado de juízes após decisão tomada pelo júri na madrugada deste domingo (25). Com a sentença, os quatro réus perderam o cargo de policial militar e tiveram negado o direito de responder pelas penas em liberdade.


Confira as penas dos policiais militares:

Marcus Vinícius Sousa da Costa: 275 anos e 11 meses de prisão. As penas correspondem a 11 homicídios, 3 tentativas de homicídio, 4 crimes de tortura física e mental. Prisão em regime fechado de imediato sem direito de responder em liberdade e perda do cargo de policial militar.


Antônio José de Abreu Vidal Filho: 275 anos e 11 meses de prisão por 11 homicídios, 3 tentativas de homicídio, 4 crimes de tortura física e mental. Prisão em regime fechado de imediato sem direito de responder em liberdade e perda do cargo de policial militar.


Wellington Veras Chagas: 275 anos e 11 meses de prisão por 11 homicídios, 3 tentativas de homicídio, 4 crimes de tortura física e mental. Prisão em regime fechado de imediato sem direito de responder em liberdade e perda do cargo de policial militar.


Ideraldo Amâncio: 275 anos e 11 meses de prisão por 11 homicídios, 3 tentativas de homicídio, 4 crimes de tortura física e mental. Prisão em regime fechado de imediato sem direito de responder em liberdade e perda do cargo de policial militar.


Antônio José de Abreu está morando nos Estados Unidos desde 2019 e foi interrogado no julgamento por videochamada. Ele havia se mudado e desertado da Polícia Militar.


No caso dele, a Justiça comunica a sentença à Polícia Federal para que, por meio da Difusão Vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), o condenado possa ser preso em solo estrangeiro e extraditado para o Brasil.

 

*Fonte: g1