Foto: Arquivo Pessoal |
As vítimas foram identificadas como:
Raimundo Nonato Arruda, advogado proprietário da casa onde o crime aconteceu;
Anastácio Amorim Arruda, bancário aposentado e irmão de Raimundo;
Manoel Procópio, amigo dos irmãos.
Nonato Arruda era procurador adjunto na Prefeitura de Graça, que divulgou uma nota de pesar pela morte do profissional.
"Homem íntegro, de boa índole, com atitude de correição e humano. Que o pai de todos o receba com braços abertos", diz um trecho da nota.
Já Anastácio era bancário, foi gerente Banco do Nordeste de Piripiri até se aposentar e morava há mais de 20 anos na cidade do Piauí. Em 2014, ele recebeu o título de Cidadão Piripiriense da prefeitura local. Ele estava a passeio no município do interior do Ceará.
Ataques a faca
Um sobrevivente relatou em entrevista a O Sobralense que ele, as vítimas e outra duas pessoas estavam reunidos no alpendre da casa se confraternizando quando ao suspeito chegou ao local em uma bicicleta.
"Esse rapaz que acabou assassinando as três pessoas, estava sentado por volta de 25 minutos, ao menos, e ali ficou tranquilo, sem reação, nem nada. Do nada ele começou a desferir golpes de faca no doutor Nonato Arruda e nessa hora eu consegui correr. Eu, minha namorada e o outro rapaz, o Miguel. [...] Ele não esboçou palavra, não falou nada. Foi uma violência descomunal, ele desferindo golpes no rapaz", disse o sobrevivente.
Conforme o homem, o advogado foi o primeiro a ser atacado. Anastácio e Manoel tentaram ajudar Nonato, mas também foram atingidos pelo suspeito.
"Quando ele começou a golpear o senhor Nonato eu já me evadi pedindo socorro, saí gritando. Ele foi com uma velocidade muito grande, foi muito rápido. Quando eu voltei ele já estava se evadindo", falou o homem.
"Essa arma estava na posse dele e ele estava com uma mochila. Ele deixou a mochila cair na fuga e dentro tinha uma bomba de pneu de bicicleta, uma garrafa com cachaça e outra com um líquido que parecia ser gasolina", falou.
Ainda segundo o sobrevivente, o suspeito do crime morava no distrito e era conhecido de alguns moradores.
"Eu mesmo nunca tinha visto ele, mas outras pessoas comentaram que ele morava há um certo tempo aqui. Pelo que as pessoas comentaram ele é antissocial, não se relaciona com ninguém, muito fechado, muito carrancudo", relatou o sobrevivente.
As vítimas foram socorridas por populares para o Hospital Municipal Carlos Jereissati (HMCJ), em Mucambo, mas não resistiram aos ferimentos e morreram na unidade.
*Fonte: g1