Foto: Breno Ezaki |
A lista de espera está sendo atualizada para a realização dos Planos Estadual e Nacional de Redução da Fila de Cirurgias Eletivas, iniciados em abril. Os planos têm o objetivo de aumentar a capacidade da rede estadual de saúde para suprir a demanda de cirurgias eletivas — aquelas que não são de urgência — que ficaram reprimidas durante a pandemia.
Caso o paciente não atenda as ligações, realizadas em três dias e turnos diferentes, o nome e endereço são enviados para o município de residência informado no cadastro. Agentes de saúde, então, são encarregados de procurar o cidadão no território.
Saiba como atualizar o cadastro:
A Sesa disponibiliza canais de atendimento para quem está na fila de cirurgias e precisa atualizar os dados, como telefone e endereço. Os atendentes estão disponíveis nos contatos divulgados das 7 às 18 horas, de segunda a sexta-feira.
WhatsApp:
(85) 32196073(85) 32199366(85) 30012610
Telefones:
(85) 32191065(85) 32199858(85) 32196045
Sala de Situação das Cirurgias Eletivas:
(85) 32194210
(85) 31012666
(85) 31015217
(85) 34882136
Elmano espera chegar a dezembro com “situação razoável”
Até o fim da primeira quinzena de junho, 1.017 cirurgias foram feitas com os recursos dos planos. A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) não divulgou quantas cirurgias foram feitas até esta terça-feira, 25, pelo mutirão. No entanto, somadas às cirurgias eletivas de rotina realizadas pelos hospitais da rede, 25 mil procedimentos foram feitos em 2023.
Segundo o governador Elmano de Freitas (PT), a fila de espera por cirurgias eletivas no Ceará tinha 68 mil pessoas no início de 2023. Agora, o número está em cerca de 32 mil pessoas, conforme Elmano. Os planos de redução da lista têm recursos para a realização de 45 mil desses procedimentos. Um relatório sobre os primeiros quatro meses do mutirão deve ser lançado em 3 de agosto.
Para aumentar a capacidade de operação, 69 convênios foram assinados com unidades hospitalares privadas, filantrópicas e municipais. Os contratos têm duração de um ano. Dessas unidades, 59 já estão realizando as cirurgias.
“Nós estamos muito animados, esperamos terminar o ano numa situação muito razoável, não posso dizer que a gente termina com a fila inteira”, afirmou o governador em entrevista na sede do O POVO.
Elmano destacou a área da ortopedia como um desafio, principalmente relacionada a aquisição de próteses e órteses. “Não só pela cirurgia, é porque uma encomenda [da prótese] às vezes demora três, quatro ou cinco meses, porque ela é feita especificamente para aquela pessoa”, disse. Já a fila da área de cardiologia na região do Cariri tem um resultado positivo. “Estamos praticamente zerando”, afirmou.
Ceará deve fazer chamamento de clínicas e laboratórios para exames de alta complexidade
De acordo com o coordenador da Regulação dos Sistemas de Saúde da Sesa, Breno Novais, junto da atualização da necessidade da cirurgia e da gravidade da situação, os pacientes da fila de espera também têm a demanda de exames de alta complexidade analisada.
“A Regulação está trabalhando, vendo as demandas e quantidade necessárias em cada regional para a gente conseguir fazer a contratualização para além da rede Sesa. A gente vai contratuaLizar com outros laboratórios e clínicas que podem ajudar a gente a acelerar esse programa”, disse.
Breno afirmou que, no momento, ocorre o dimensionamento da demanda. “Eu sei que se eu conseguir dar celeridade e adiantamento a esses exames, eles vão impactar diretamente os pacientes que precisam desses exames para a programação da cirurgia”, explicou.