Foto: Arquivo pessoal |
"São adaptações que um cadeirante precisa. Teve uma cama que foi comprada, cadeira. Também ajeitamos piso", comentou Regilânio sobre as reformas necessárias na casa onde ele mora com a mulher e três filhos. Ele, inclusive, está provisoriamente na casa da sogra, enquanto a reforma da própria residência não é concluída.
Regilânio trabalhava como motorista de aplicativo, mas sofreu a lesão na coluna depois que um aparelho com 150kg de carga caiu sobre os ombros dele. Após semanas de fisioterapia intensa, ele revelou que voltou a ter sensibilidade nas pernas. Ele disse em entrevista ao g1 que consegue sentir o toque na parte externa de ambas as coxas.
No dia seguinte ao acidente, ele precisou passar por uma cirurgia de urgência, que durou cerca de quatro horas. A avaliação dos médicos foi de que Regilânio tinha 1% de chance de voltar a andar. Ele não tinha sensibilidade da cintura para baixo, mas recuperou após as sessões de fisioterapia que iniciou após o acidente.
“Já consegui perceber diferença na sensibilidade. Após a cirurgia, eu não sentia nada da cintura para baixo. Agora, já estou sentindo na lateral [parte externa] das coxas. A sensibilidade, a cada dia que passa, está aumentando. Se alguém toca, passa o dedo, eu já sinto”, declarou.
Regilanio disse que faz fisioterapia de segunda a sexta, com três profissionais diferentes — um focado no fortalecimento do tronco, outro nas pernas e mais um para questões de acessibilidade. Em alguns dias da semana, ele faz fisioterapia mais de uma vez por dia.
“Eu estou gostando muito e os fisioterapeutas estão bem confiantes. Eles dizem que estou reagindo muito bem. Eles estão bem otimistas”, disse Regilânio.
“No fim de semana, infelizmente, eu fico triste porque queria [fisioterapia] todo dia mesmo. No dia que não tem, eu até choro. Graças a Deus, [a sensibilidade] está voltando. Aos pouquinhos, porque é um processo lento”, complementou.
‘Objetivo é voltar a andar’
Mesmo com a baixa probabilidade dita pelos médicos, Regilânio demonstrou otimismo com a possibilidade de voltar a andar desde os primeiros dias no período pós-cirúrgico. Ele sempre colocou como prioridade o desejo de retomar completamente o movimento das pernas.
Contudo, ele sabe que não é um processo rápido. “O meu objetivo é voltar a andar. O que tenho na minha cabeça é isso. Sei que é um processo lento, mas só penso nisso. Não penso em outra coisa”, declarou.
“Antes, eu tinha vários planos. Agora, meu único plano, único objetivo, é voltar a andar. Meus planos pararam todos no dia 4 desse mês”, complementou Regilânio.
*Fonte: g1