Foto: Reprodução g1 |
Um terremoto de magnitude 6,8 (considerada forte e capaz de produzir grandes estragos) atingiu o Marrocos na noite desta sexta-feira (8), por volta das 19h30 (no horário de Brasília). Até a última atualização desta reportagem, eram 1.037 mortos e mais de 1.200 feridos, de acordo com o balanço divulgado pelo Ministério do Interior marroquino.
O órgão afirma que o número de vítimas deve aumentar ao longo deste sábado (9), já que os trabalhos de resgate — dificultados por bloqueios e obstruções nas estradas — ainda estão em curso.
Segundo o Itamaraty, não há notícia de brasileiros entre os mortos e feridos.
O tremor produziu estragos tanto em aldeias da Cordilheira do Atlas (no noroeste da África) como na cidade histórica de Marrakech, no oeste do Marrocos (veja o mapa abaixo). As forças armadas do país e equipes de resgate foram deslocadas para as áreas mais afetadas.
O terremoto durou cerca de 15 segundos e aconteceu a uma profundidade de 18,5 km, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês). Há relatos de pessoas que também sentiram os tremores em países próximos, como Portugal, Espanha e Argélia.
Quais as regiões mais atingidas?
O epicentro do sismo, ou seja, a projeção, na superfície, de onde começou o tremor, foi no alto das montanhas do Atlas, 70 km ao sul de Marrakech. É nessa região que deve haver o maior número de mortos.
Outros locais afetados de forma significativa foram:
o entorno de Toubkal, o pico mais alto do norte da África;
e Oukaimeden, uma popular estação de esqui marroquina.
Entre as províncias mais atingidas, estão Al Haouz, Ouarzazate, Marrakech, Azilal, Chichaoua e Taroudant.
Nessas cidades, adultos e crianças permaneceram nas ruas, temendo novos terremotos. De fato, houve um segundo tremor, mais fraco, 15 minutos depois, informaram as agências internacionais de notícias.
De acordo com o Serviço Geológico dos EUA, tremor atingiu magnitude 6,8, e foi sentido em Portugal, Espanha e Argélia.
O chefe da pequena cidade rural de Talat N’Yaaqoub, Abderrahim Ait Daoud, disse ao site de notícias marroquino 2M que:
casas na região de Al Haouz desabaram parcial ou totalmente;
a eletricidade foi cortada;
e estradas ficaram bloqueadas em alguns trechos, dificultando a passagem de ambulâncias.
Tremores não são incomuns na região
A região norte de Marrocos fica mais sujeita a terremotos por se localizar entre duas placas tectônicas (a africana e a euroasiática).
Em 2004, por exemplo, pelo menos 628 pessoas morreram e 926 ficaram feridas quando um terremoto sacudiu Alhucemas, no nordeste do país.
*Fonte: g1