sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Mãe e pastor são presos suspeitos de negociarem estupro de menina de 10 anos


Um pastor foi preso na última sexta-feira, 6, suspeito de estuprar uma criança de 10 anos no município de Cáceres, em Mato Grosso. O homem de 55 anos é acusado de pagar à mãe da vítima, que também foi presa, pelas relações sexuais.

O caso foi denunciado por uma vizinha do líder religioso, que estranhou as idas da criança à casa do homem, onde os crimes ocorreram, de acordo com a Polícia Civil. As informações são do g1 Mato Grosso.

Em áudios divulgados pelo portal, o suspeito pergunta pela criança e chega a chamá-la de “minha princesa”. Em resposta, a mãe pergunta por transações de dinheiro.Confira transcrição:

- Pastor: Bom dia, tudo bom? Deixa eu falar, cadê a minha princesa? Já foi pra aula? Eu gosto muito dela, fala pra ela. Deixa eu falar...é...a hora que eu chegar aí eu mando seu dinheiro, tá? Eu tenho que mandar tudo ou mandar só um pouco?

- Mãe: Eu mandei aí. Quando você mandar [o dinheiro], manda o comprovante.(...)

-Pastor: Ó, cadê ela?

- Mãe: Tá aqui, porquê? Você já mandou dinheiro? Que hora que você vai mandar?

A delegada responsável pelo caso, Paula Araújo, informou que a criança já foi ouvida pela Polícia. Segundo a encarregada, a vítima confirmou ter sido sexualmente violentada. Ela está sob cuidados de uma tia no decorrer da investigação.

O pastor também foi ouvido e confessou ter abusado da menina. Segundo ele, o crime era consentido pela mãe da criança. Em depoimento, a responsável negou ter autorizado a prática criminosa e disse que não tinha suspeitas contra o religioso, pois ele era conhecido da família.

A versão dela é contestada pela Polícia, que afirmou ter comprovações de que ela tinha consentimento do crime e ainda recebia quantias em dinheiro para levar a criança até os locais de abuso.

O Conselho Tutelar da cidade disse que a menina segue sendo amparada pela rede de proteção do município e que as devidas medidas protetivas foram aplicadas. A Polícia, por sua vez, informou continuar investigando se o homem realmente era pastor e em qual igreja atuava.

*Fonte: G1.