Foto: Fábio Lima |
Isso acontece por causa do afastamento da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) da costa cearense, que vai em direção ao oceânico Atlântico Norte, além da ausência de outros sistemas precipitantes.
“A maior temperatura de 2023 foi registrada na tarde de terça-feira, 31 de outubro. Fez 41,9 °C no município de Jaguaribe. Essa foi a maior temperatura do ano e também a maior já registrada pela Funceme no Ceará”, destaca o meteorologista, em vídeo divulgado pela Funceme. Outro motivo para a grande quantidade de picos de temperatura é a atuação do El Niño no oceano Pacífico Equatorial. De acordo com a Funceme, ao alterar a circulação atmosférica, o evento faz com que aconteça um maior fluxo de ar de cima para baixo, o que colabora para o aumento do calor na superfície.
A situação é diferente do ano passado, quando apenas dois picos foram registrados. Na época, a La Ninã atuava no oceano Pacífico Equatorial. “[O sistema] Contribui para aumentar a precipitação, diminuir a incidência de radiação solar e, portanto, manter as temperaturas um pouco menores”, explica Fumegalli. Quanto à concentração de picos em Jaguaribe, Barro e Crateús, isso acontece pelo distanciamento da faixa litorânea, onde o ar é bastante influenciado pela umidade do oceano Atlântico. Regiões de vales, além disso, como ao longo do vale do rio Jaguaribe, costumam observar os maiores picos devido a efeitos locais, como as menores altitudes do relevo ao longo do curso dos rios.
*Fonte: O Povo