terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Óbitos por HIV diminuem no Ceará, aponta relatório do Ministério da Saúde

As mortes por aids no Ceará passaram de 3,6 para 3,1 óbitos por 100 mil habitantes, registrando queda de 13,8% nos últimos dez anos. Os dados foram relevados no novo Boletim Epidemiológico sobre HIV/aids Ministério da Saúde, divulgado no último dia 10. Em 2022, o Estado registrou 348 óbitos, tendo a infecção por HIV ou aids como causa básica, 7,7% mais que os 323 óbitos registrados em 2012. Já entre as capitais, Fortaleza registrou sete mortes para cada 100 mil habitantes. Segundo o relatório, a taxa de detecção do Estado é de 14 casos por 100 mil habitantes.


Em relação à detecção do HIV, em 2022, o documento mostra que foram notificados 43.403 casos em todo o País, sendo 11.414 no Nordeste e 1.778 no Ceará. A nível nacional, a queda da taxa de mortalidade é identificada em todo o País, passando de 5,5 para 4,1 óbitos por 100 mil habitantes.O critério de raça e cor também é importante. Até 2013, o maior número de pessoas infectadas pelo HIV eram de pele branca. Nos anos seguintes, as pessoas de pele negra são a maioria dos infectados. Do total de falecimentos no Brasil em 2022, 61,7% foram registrados entre pessoas negras e 35,6% entre brancos.Já para prevenir e conscientizar, o Ministério da Saúde aposta também no PrEP (Profilaxia Pré Exposição), que chegou ao Brasil em 2017. O medicamento deve ser tomado antes das relações sexuais e tem a função de preparar o organismo num possível enfrentamento com o vírus.


É estimado que, atualmente, um milhão de pessoas vivem com HIV no Brasil, mas apenas 900 mil conhecem seu diagnóstico.Para ampliar os cuidados preventivos, o Ministério da Saúde garantiu, em 2023, R$ 27 milhões para a compra de quatro milhões de unidades de um teste rápido que detecta sífilis e HIV. A inclusão do teste inédito no Sistema Único de Saúde (SUS) fortalece o rastreio e dá mais agilidade ao tratamento para a população.


 *Fonte: O Povo