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Desde o dia 6 de maio, os Correios do Ceará receberam 150 toneladas de doações destinadas às vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul. Desse número, 17 toneladas já foram enviadas à Defesa Civil do estado gaúcho.
As agências no Estado recebem arrecadações da população, e as doações são adicionadas ao fluxo normal de carga encaminhada pelo órgão diariamente. Iranilda explica que o envio dos donativos é realizado sem o prejuízo do transporte das encomendas dos clientes.“Nas nossas agências, a população entrega e, no nosso fluxo normal de carga, a gente vai encaminhando junto. Tem a postagem normal dos clientes da agência e, no mesmo carro, a gente encaminha os donativos. O governo federal, desde o momento em que disponibilizou os Correios, colocou no sentido de que o transporte [seria] sem prejuízo do transporte de encomenda do nosso cliente. A gente ia usar a nossa capacidade ociosa para transportar as doações”, detalhou.Segundo ela, todas as arrecadações saem de Fortaleza e vão para o centro no município de Cajamar, em São Paulo. Em seguida, o material é consolidado nas carretas que seguem direto para o Rio Grande do Sul.
“Diariamente, saem caminhões, até porque o nosso transporte já ocorria diariamente para o Rio Grande do Sul. Em alguns trechos, nós não estamos aceitando postagem, justamente pela dificuldade onde ainda está alagado, a dificuldade dos carteiros para entregar, mas a gente manteve todos os carros que faziam a linha diariamente para o Rio Grande do Sul, e eles levam os donativos”, disse.As doações chegam à base da Defesa Civil no Rio Grande do Sul por carretas, e a distribuição dos itens é feita dentro do Estado.Iranilda aponta que a diferença entre o número de doações recebidas pelos Correios do Ceará e a quantidade enviada ao estado gaúcho pode ser explicada pelo fato de que o transporte é realizado aos poucos, conforme a capacidade do órgão e da Defesa Civil do RS.
“Nós temos, nos nosso centros, muita coisa acumulada, porque nós transportamos dentro da medida da nossa capacidade. Por exemplo, o Ceará é um estado que mais recebe encomendas vindas de São Paulo do que envia no fluxo. Eu recebo muito mais carga para entregar aqui do que capto nas minhas agências para mandar para São Paulo, por exemplo. Então, os carros que vão para São Paulo têm capacidade ociosa, e é nessa capacidade ociosa que vai levando toda a carga de donativo.”A superintendente também destacou que é preciso levar em conta o espaço disponível nos galpões da Defesa Civil do estado gaúcho para receber todos os donativos. Ela citou que, com parcerias, também foi possível aumentar a capacidade de armazenamento no RS.“Nós já tivemos dias de segurar caminhão, porque lá onde tem os galpões da Defesa Civil não tinha condição de receber. Aí, foi aumentado. O nosso diretor de operações foi ao Rio Grande do Sul, lá eles conseguiram alguns galpões, e, momentaneamente, esses galpões estão sendo utilizados pela Defesa Civil para aumentar a capacidade”, completou.
A especialista reforça a importância das doações continuarem e indica que não há um prazo para o órgão finalizar o recebimento de donativos e o transporte das doações. “Os Correios não têm prazo determinado para parar de fazer esse transporte. Enquanto houver doação, enquanto a gente estiver recebendo doação dentro dos Correios, a gente vai continuar transportando. Por enquanto, nós não temos prazo para finalizar.”No Brasil, os Correios já receberam 23,5 mil toneladas de doações e 5,5 mil toneladas já foram entregues à Defesa Civil no RS. Os números são do período do dia 6 de maio até essa terça-feira, 4.
*Fonte: O Povo