A Universidade Regional do Cariri (URCA) está participando do processo de investigação da venda ilegal de fosséis da Chapada do Araripe em um site dos Estados Unidos. A Legislação brasileira proíbe a comercialização de fósseis, seja no mercado nacional ou internacional.
A denúncia foi feita pelo Ministério Público Federal (MPF), após a identificação dos fósseis do Cariri no site pelo professor de Arqueologia da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Juan Carlos Cisneros. Depois da denúncia do docente, o MPF solicitou um laudo para Urca, com objetivo de identificar se os fósseis são realmente da Bacia do Araripe.
Na investigação, foram identificados cerca de 200 fósseis da região do Cariri, sendo que 20 a 30 peças já haviam sido vendidas e estavam em posse dos compradores. O restante do material estava disponível para compra no site.
O processo de investigação está sendo conduzido pela Justiça americana, com a atuação do Federal Bureau of Investigation (FBI). Caso a decisão judicial reconheça a origem dos fósseis, será iniciado o processo de repatriação do material para o Brasil.
Em entrevista à rádio O POVO CBN Cariri, o diretor do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, Allysson Pinheiro, explicou que o processo é burocrático e que ainda não existe um prazo definido para a resolução da questão.
“Estamos no meio de um processo judicial que ainda não foi concluído, mas a gente tem certeza que será concluído em favor do Brasil, no caso, para devolução desse nosso patrimônio”, disse Allysson.
A Urca administra o Geopark Araripe, que conserva e cuida do patrimônio paleontológico da região.
*O Povo CBN.
*Foto: Reprodução/ Governo do Estado do Ceará.
