segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Ceará - Mãe é inocentada após condenação sem provas de omitir estupro da filha


No último mês de agosto, a auxiliar administrativa Antônia Edilene saiu da prisão após dois anos e sete meses reclusa, condenada por um crime que não cometeu: omitir o estupro da própria filha, ocorrido em 2012, em Fortaleza.

O estupro foi cometido pelo então namorado de Edilene, quando a filha tinha 12 anos de idade. “Ele se aproveitou muito da minha confiança que eu dei a ele. E da minha ausência. Trabalhava muito, saía de casa às 5 da manhã, chegava às 7 da noite. Quando eu chegava, meus filhos estavam todos dentro de casa. Só que eu chegava cansada. Não tinha tanto acompanhamento. O meu erro foi esse”.

Os abusos só foram descobertos quando a filha, que prefere não se identificar, foi fazer uma visita ao pai, separado da mãe. Ela contou ao pai, que foi até Edilene, afirmando que havia feito uma denúncia contra o homem que abusou da adolescente.

“Quando eu soube, assim, o chão sumiu dos meus pés. Desmoronou tudo na minha cabeça. Minha reação foi procurar o monstro, o covarde, o qual fez esse ato comigo, com minha filha. Fui lá, fui procurar a defesa cabível para ela”.

Ela conta que foi imediatamente ao bar onde o ex-namorado trabalhava, gritando e chegando a agredi-lo, o que fez com que algumas pessoas presentes a segurassem.

Na época, Edilene prestou depoimento e foi liberada. Apenas o abusador foi denunciado.

*G1.
*Foto: Reprodução/TV Verdes Mares