Na EEEP Balbina Viana Arrais, o estudo da História da Arte ganhou vida neste quarto bimestre sob a orientação do professor Felipe Tavares. Do ensino da arte rupestre até a contemporaneidade, a cada período artístico, os alunos têm a oportunidade de imergir nas obras clássicas e experimentar seu próprio processo criativo.
Como parte do módulo dedicado ao Renascimento, os estudantes receberam a tarefa de reimaginar a icônica Mona Lisa de Leonardo da Vinci, imprimindo nela uma visão pessoal. Com liberdade total de expressão, puderam optar entre desenho, pintura, colagem, ou até poesia para explorar essa releitura.
O resultado não poderia ser mais diverso: das expressões introspectivas a interpretações modernas, as novas Monas ganharam detalhes inesperados, cores intensas, traços audaciosos e até versos. A atividade foi mais que uma simples reprodução; tornou-se um diálogo com a obra, onde cada aluno pôde se expressar artisticamente, reinterpretando a peça de uma maneira íntima e autêntica. O sorriso enigmático de Mona Lisa, tema de fascínio há séculos, foi transformado e desconstruído, revelando, nas mãos dos jovens, as múltiplas possibilidades de olhar e recriar uma obra de arte.
Yasmim Félix, uma das alunas, decidiu manter a essência da pintura original, mas com um toque subversivo. “Queria manter a essência da obra, mas com um destaque contrário a um dos principais propósitos que a obra tinha, que era o ideal de beleza. A minha representação teve como objetivo focar no estudo anatômico complexo por trás da obra e desfocar o objetivo estático”, explicou Yasmim, cuja interpretação busca questionar os padrões de beleza clássicos, colocando em primeiro plano a complexidade do corpo humano que tanto inspirou Da Vinci.
Com o apoio de Felipe Tavares, os alunos conseguiram não só conhecer o passado, mas também desenvolver um olhar próprio sobre ele, conectando-se ao Renascimento de forma pessoal e autêntica. Na escola, o projeto transformou a Mona Lisa em um portal, permitindo que esses jovens explorassem a obra com novas lentes, misturando o clássico ao contemporâneo. Para eles, a História da Arte é, acima de tudo, um espaço de descoberta e liberdade de criação.