A recente sanção, pelo presidente Lula, da lei que proíbe o uso de celulares nas escolas brasileiras, reacendeu um debate crucial sobre os impactos do excesso de tecnologia na saúde mental de nossos jovens.
Como psicólogo em formação, sempre defendi a necessidade urgente de regulamentar o uso desses dispositivos em ambiente escolar, mas também me preocupo muito com o cenário complexo que está por vir e que exige atenção e antecipação no preparo de medidas necessárias.
O uso excessivo de celulares já se tornou um vício para muitos, incluindo adultos, jovens e estudantes. A interrupção abrupta desse hábito pode trazer consequências inesperadas, possibilitando o surgimento de episódios agudos de abstinência, que, por consequência, afetariam todo o ecossistema escolar. Os alunos podem apresentar reações adversas, como irritabilidade, ansiedade e comportamentos hostis, sem descartar a possibilidade de conflitos entre alunos e educadores.
Diante desse cenário, as escolas precisam urgentemente pensar nessas possibilidades e começar a elaborar estratégias, envolvendo diversos profissionais, como psicólogos, psicopedagogos, terapeutas e professores, sem esquecer de também envolver as famílias e, principalmente, os alunos.
Certamente, este será um dos maiores desafios para os gestores que começam a se preparar para o início de um ano letivo que, definitivamente, não será como aquele que passou.
Farias Júnior.