Na noite da última quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025, um ataque a tiros em uma casa de massagem localizada na Rua Dom Sebastião Lema, no Bairro de Fátima, em Fortaleza, resultou na morte de uma mulher. O crime, que chocou a comunidade, foi motivado pelo fim de uma sociedade e uma suposta dívida.
A Polícia identificou Claudineia de Menezes Oliveira, de 43 anos, como a mandante do crime, enquanto Fernando Kennedy de Oliveira Silva, de 32 anos, foi flagrado por câmeras de segurança durante o ato. Ambos foram presos na cidade de Beberibe, quando tentavam fugir em direção ao Rio Grande do Norte.
A vítima, Lucélia Santos da Silva, de 46 anos, era mãe da mulher que era o alvo principal dos suspeitos. A filha de Lucélia conseguiu escapar do local durante o ataque. Testemunhas relataram que Fernando chegou à casa de massagem afirmando que queria contratar os serviços de uma das funcionárias. Lucélia o recebeu e o levou até a sala, mas deixou o portão aberto.
Assim que entrou, Fernando anunciou um assalto, rendendo as mulheres com uma arma e amarrando-as com abraçadeiras de plástico. A filha de Lucélia reconheceu Fernando como "irmão de coração" de uma ex-sócia, que a havia ameaçado de morte. Aproveitando um momento de distração, a jovem conseguiu fugir, mas Lucélia foi morta a tiros ao tentar proteger a filha.
Em depoimento, a filha de Lucélia revelou que já havia sido sócia de Claudineia em uma casa de massagem em Maceió, mas a sociedade foi desfeita quando Claudineia tentou usar o local para tráfico de drogas. A venda de sua parte no negócio gerou problemas para Claudineia, que alegou que Lucélia lhe devia dinheiro por não ter repassado a sociedade.
Claudineia negou envolvimento no crime, mas admitiu conhecer mãe e filha.
Ela alegou que a filha de Lucélia tinha uma dívida de R$ 2 mil, que já havia perdoado. Durante a audiência de custódia realizada na quinta-feira, 13 de fevereiro, a prisão preventiva de Claudineia e Fernando foi decretada por homicídio qualificado.
Claudineia, que apresentou um documento falso à polícia, tinha dois mandados de prisão em aberto nos estados do Acre e da Paraíba, relacionados a tráfico de drogas e organização criminosa. Fernando, por sua vez, já tinha uma condenação por roubo em Natal e estava em regime semiaberto. Ambos permanecem à disposição da Justiça.