Na manhã desta terça-feira, 11 de março de 2025, um homem de 21 anos foi preso em Fortaleza, suspeito de ser um dos mandantes da chacina que resultou na morte de quatro pessoas em Aracoiaba, no Ceará. A captura ocorreu no Centro da capital, conforme informações da Polícia Civil.
O crime, que chocou a comunidade, aconteceu no dia 17 de fevereiro em um sítio localizado na Arraial de Santa Isabel, zona rural de Aracoiaba. As vítimas, com idades entre 24 e 48 anos, foram alvejadas por disparos de armas de fogo. Entre os mortos, estava Kennedy Guedes, secretário de Obras Públicas e Mobilidade Urbana do município.
O suspeito já possuía um mandado de prisão preventiva em aberto por homicídios e tinha antecedentes criminais relacionados a homicídio e organização criminosa. A polícia, ao receber informações sobre sua localização, conseguiu encontrá-lo ao sair de um escritório no Centro de Fortaleza. Ele foi abordado e levado ao 34º Distrito Policial, onde prestou depoimento e ficou à disposição da Justiça.
Além da prisão do mandante, a polícia também deteve um grupo em Baturité, composto por três homens e um adolescente, durante a operação denominada "Relógio Mágico". Durante essa ação, foram apreendidos dois revólveres com munição. Outro suspeito foi preso dois dias após a chacina, também em Baturité, sendo autuado em flagrante por homicídio e tráfico de drogas.
Kennedy Guedes da Silva, conhecido como Galego, ocupava o cargo de secretário municipal desde janeiro de 2024 e havia sido assessor parlamentar do vereador Pedro Campelo (PP), atual presidente da Câmara Municipal de Aracoiaba. Ele deixou uma esposa e uma filha de 9 anos.
As outras vítimas incluem Antônio Péricles Monteiro, empresário e proprietário do sítio onde ocorreu o crime, que teve sua esposa presente no local, mas sobreviveu. João Pedro Ricardo, sobrinho de Péricles, havia recentemente concluído a graduação em Farmácia e planejava se mudar para São Paulo. A quarta vítima, Mateus da Silva Bezerra, era genro do ex-vice-prefeito de Aracoiaba, Helder Paz.