AOS FILHOS
Hoje procuro palavras para expressar o amor de uma mãe pelos filhos.
Entretanto não existem palavras que contenham tanto amor.
Entretanto não existem palavras que contenham tanto amor.
Rubem Alves dizia que era inevitável e bom que os filhos deixassem de ser crianças e abandonassem a proteção do ninho...Sabia que o voo era inevitável. E eles voariam em todas as direções como andorinhas adoidadas.
Era inevitável! Eles construiriam seus próprios ninhos! E ele ficaria como o ninho abandonado no alto da palmeira…
Mas, o que ele queria, mesmo, era poder fazê-los de novo dormir no seu colo…E é assim que sentem as mães! Um desejo enorme de colocar os filhos no colo, mesmo que eles já não caibam e repetir muitas vezes o quanto os ama.
Khalil Gibran em um dos seus poemas enfaticamente nos mostra esta verdade doída ao coração de uma mãe:
Teus filhos não são teus filhos
São filhos e filhas da vida, anelando por si própria
Vem através de ti, mas não de ti. E embora estejam contigo, a ti não pertencem.
Podes dar-lhes amor mas não teus pensamentos, Pois que eles tem seus pensamentos próprios.
Podes abrigar seus corpos, mas não suas almas. Pois que suas almas residem na casa do amanhã, que não podes visitar se quer em sonhos. Podes esforçar-te por te parecer com eles, mas não procureis fazei-los semelhante a ti, pois a vida não recua, não se retarda no ontem.
Tu és o arco do qual teus filhos, como flechas vivas, são disparados... Que a tua inclinação na mão do Arqueiro seja para alegria.
O salmo 127 diz: Como flechas na mão de um homem valente, assim são os filhos da mocidade. Bem aventurado o homem que enche deles a sua aljava.
Deixemos que Deus seja o arqueiro e com a destreza de um Deus que nos ama, use-nos como arcos para impulsionar a vida nos nossos filhos.
Por uma humanidade melhor!
Jacqueline Braga