SONHO POSSÍVEL
Os últimos acontecimentos no nosso país, nos deixaram um tanto atônitos! Um verdadeiro caos que vem se arrastando a algum tempo! Político, econômico e social.
Em meio a tempestade buscamos um alento, uma saída!
E mesmo as pessoas esperançosas como eu, ficam sem chão!
Postei nas redes sociais: Tempos difíceis para os sonhadores!
Esta semana encontrei com uma amiga querida, que disse muito generosamente: Leio todos os textos que posta. E acrescentou: você parece com meu pai, não ver maldade em nada!
Com certeza aquela frase me soou como um grande elogio, já que conhecera seu pai e sabia da grandeza do homem que foi.
Entretanto aquelas palavras ficaram ressoando na minha mente e no meu coração.
Certamente busco ver sempre o lado positivo das coisas. Acredito que tudo tem dois lados: o positivo e o negativo. As vezes, um mais, outro menos. Mas tem! Resta nos deter no positivo. A velha frase popular: Transformar os limões, numa limonada!
Compartilhei estes dias um texto de um educador que admiro muito, o Cesar Nunes. Sempre que tenho oportunidade de escutá-lo, sou motivada e instigada a teimar em ter esperança, mesmo nos momentos difíceis. Em uma parte do texto ele retrata a condição apavorante de Édipo diante a Esfinge a perguntar: Decifra-me, ou eu te devoro! E conclui o texto que nos remete a profundas reflexões, dizendo:
Vejo multidões de jovens bradando palavras de ordem intolerantes. Levantam-se bandeiras de apologia à violência e ao desvario. As redes sociais fagocitam reputações e explodem em manifestações perversas, em nome da liberdade de expressão vociferam preconceitos e degradam valores. Notícias falsas, golpes, exposições banais da sexualidade, exibicionismos de toda sorte. Até quando? A Filosofia seria o antídoto criterioso para todas essas ardilosas pseudoculturas. Não consegui, neste mês, falar de poesia. Perdoem-me.
E respondo: Está perdoado grande mestre! Mas saiba que mesmo sem saber conseguiu colocar ternura e poesias nas suas palavras que duras se tornam doces.
E nesta travessia, na busca de decifrar este enigma chamado Brasil, relembro as palavras do poeta Milton Nascimento:
Solto a voz nas estradas, já não quero parar.
Meu caminho é de pedra, como posso sonhar... Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver!
Por uma humanidade melhor!
Jacqueline Braga