Assassinato na manhã desta terça-feira, 7, em frente a sua casa no município do Crato, o vereador Erasmo Morais (PL) é ex-polícial militar, expulso da corporação em 1995. Contra ele pesaram para a exclusão dos quadros os crimes de extorsão e de associação criminosa. Ele chegou a ser detido posteriormente ao Presídio Militar, como constam em edições do Boletim do Comando Geral da Polícia Militar (PMCE).
Em 2010, ele voltou a ser preso pelos menos crimes, desta vez na 'Operação Terremoto', deflagrada pela Corregedoria, com apoio da Polícia Federal (PF), em dezembro daquele ano. Além dele, dois inspetores da Polícia e outro ex-PM foram presos. O grupo era investigado por extorquir proprietários de carros clonados.
Na ocasião, o delegado da Delegacia Regional de Juazeiro do Norte, Levi Gonçalves, acabou preso, mesmo não sendo o alvo principal da ação, por acusação de se apropriar indevidamente de um carro clonado. O veículo apreendido — um Honda Fit — que deveria ter ficado no pátio da delegacia, estava na casa do delegado. Ele foi exonerado do cargo.
"A ação criminosa, consistia em exigir das vítimas, vultuosas quantias em dinheiro para liberação de veículos por supostas irregularidades ou clonagem de placas, inclusive se apresentado como policiais efortemente armados com metralhadoras escopetas e pistolas, em algumas vezes", diz um dos acórdãos disponíveis no sistema do Tribubal de Justiça do Ceará (TJCE).
Os autos disponíveis também apontam que o grupo chegou a ser denunciado pelo Ministério Público e tinham tido a prisão preventiva decretada em 2013. "A custódia preventiva foi decretada tendo em vista o modus operandi da atuação do paciente, ex-policial militar, que faria parte de uma quadrilha voltada para a prática de diversos delitos (extorsão, tortura etc), juntamentecom outros policiais e ex-membros das polícias civil e militar", diz decisão de 2014. Os casos aparecem como arquivados no sistema do TJCE.
*O Povo.